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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Dom Guilherme participa de debates sobre conflitos provocados pela mineração


O cuidado socioambiental frente aos conflitos provocados pelas indústrias extrativas na América Latina foi tema de uma série de debates realizados em Lima, no Peru, no início do mês de novembro. O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB, dom Guilherme Werlang, foi o representante da Conferência nestes eventos.
Nos dias 4 e 5, o movimento Justiça nos Trilhos e os missionários combonianos reuniram representantes de nove países para a partilha do que a Igreja Católica tem realizado ao lado dos impactados pelos grandes projetos na Amazônia. Na ocasião, dom Guilherme destacou a participação da CNBB no Comitê Nacional em Defesa dos Territórios frente à Mineração, que debate ao longo dos últimos meses a reforma do Código de Mineração no Brasil.
Também acompanharam esta apresentação representantes de agências internacionais de religiosos, cuja missão é articular a Igreja em seu papel de protetora e advogada dos pobres frente às Nações Unidas e às instâncias internacionais de defesa dos direitos humanos. Do encontro, surgiu o compromisso de levar o grito das vítimas dos grandes projetos extrativos ao Vaticano. A intenção é de promover um encontro das vítimas com o presidente do Pontifício Conselho de Justiça e Paz, cardeal Peter Turkson, para fortalecer o acompanhamento da Igreja nesta causa.
Multinacionais
Nos dias 6 e 7, dom Guilherme participou de um seminário com lideranças de movimentos sociais e organizações não governamentais, coordenado pela Mining Watch, entidade canadense que acompanha o debate das políticas públicas de mineração em prol da saúde das comunidades e ecossistemas. O seminário analisou as características das grandes empresas multinacionais que lideram a exploração e comercialização mineral na América Latina. “É preciso conhecer a força e as articulações do enorme capital investido atualmente nos projetos de mineração em nosso continente, para compreender suas estratégias e dar poder à resistência das comunidades locais”, explicou o organizador do seminário, Cesar Padilha.
Por fim, em 8 e 9 de novembro, o representante da CNBB participou do encontro bianual do Observatório de Conflitos Mineiros na América Latina (OCMAL), rede que articula dezenas de entidades, movimentos sociais e coordenações de comunidades em luta contra os impactos da mineração. Em pauta, a busca por estratégias para dar maior visibilidade aos conflitos, a articulação internacional da denúncia e da resistência, e a defesa das comunidades e lideranças criminalizadas e perseguidas por defenderem o direito à autodeterminação dos povos sobre seus territórios.
“Somente na semana em que se realizaram os encontros mais duas vítimas da violência das empresas mineradoras e do aparato estatal deram a vida no esforço de defender suas comunidades”, revela dom Guilherme. As vítimas foram Ramiro Taish, do povo Xoar, no Equador; e César García, líder comunitário na Colômbia. “A participação da CNBB no encontro de OCMAL foi muito apreciada por todos os membros da rede, que agradeceram em várias ocasiões por sentirem uma Igreja tão próxima às preocupações e angústias do povo, bem como a suas alegrias e esperanças”, conta o bispo.
CNBB

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