Cidade do Vaticano, 19 janeiro - Alguns dias antes de apresentar a sua renúncia a Superior Geral da Companhia de Jesus, o Pe. Peter Hans Kolvenbach (no centro da foto ao lado) recebeu uma carta pessoal do papa. O Pe. Kolvenbach _ refere um comunicado da Companhia de Jesus _ partilhou a missiva com os membros da Congregação Geral e com toda a Companhia, e referiu a Bento XVI "a profunda atenção e gratidão" com a qual acolheu a sua mensagem”. O prepósito geral comunicou aos jesuítas "o afeto, a proximidade espiritual, a estima e a gratidão com a qual os Sucessores de Pedro olharam e olham para a Companhia de Jesus, continuando a esperar dela um fiel serviço ao anúncio íntegro e sem incertezas do Evangelho em nosso tempo”. Colocando-se em continuidade com os pronunciamentos de seus predecessores, o Santo Padre evoca em sua carta o laço particular que liga a Companhia de Jesus ao Sucessor de Pedro, expresso no "quaro voto" de especial obediência ao papa como definido na "Fórmula" de fundação de Santo Inácio: "Militar por Deus sob o estandarte da Cruz e servir somente o Senhor e a Igreja sua esposa, a disposição do pontífice Romano, Vigário de Cristo na terra”. “Dessa fidelidade, que constitui o sinal distintivo da Ordem, a Igreja precisa, sobretudo, hoje _ ressalta o papa _ numa época na qual se percebe a urgência de transmitir, na íntegra, aos nossos contemporâneos distraídos por tantas vozes discordantes, a única e inalterada mensagem de salvação que é o Evangelho, 'não como palavra de homens, mas como é verdadeiramente, como palavra de Deus', que atua naqueles que crêem.” “Portanto, a obra de evangelização da Igreja conta muito com a responsabilidade formativa que a Companhia tem no campo da teologia, da espiritualidade e da missão"; continua o pontífice, o qual pede a essa 35ª Congregação Geral que reafirme, no espírito de Santo Inácio, a sua adesão à doutrina católica, em particular, sobre pontos nevrálgicos hoje fortemente atacados pela cultura secular, como _ por exemplo, _ a relação entre Cristo e as religiões, alguns aspectos da teologia da libertação e vários pontos da moral sexual, sobretudo, no que concerne à indissolubilidade do matrimônio e à pastoral das. Pessoas homossexuais. "Em sua carta, o Santo Padre faz votos de que a presente Congregação "reafirme com clareza o autêntico carisma do Fundador para encorajar todos os jesuítas a promoverem a verdadeira e sã doutrina católica".Ademais, retomando as palavras de João Paulo II de 1995, o pontífice convida os membros da Congregação a reafirmarem "sem equívocos e sem hesitações", a fidelidade amorosa ao carisma, indicado por Santo Inácio, como fonte segura de renovada fecundidade.A Companhia de Jesus _ afirma o Pe. Kolvenbach em sua carta de resposta ao papa _ declara a sua vontade de responder sinceramente aos convites e aos pedidos do Santo Padre. A Congregação Geral dedicará a eles toda a atenção devida durante seus trabalhos, uma considerável parte dos quais será dedicada justamente aos temas da identidade e da missão dos jesuítas e da obediência religiosa e apostólica, em particular, da obediência ao papa. (RL)
Fonte: Rádio Vaticano
Fonte: Rádio Vaticano
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