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sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Pecuaristas e animais recebem benção no Vaticano

Cardeal Ângelo Comastri, abençoando os animais.
Por ocasião da festa de Santo Antônio, abade, conhecido como Santo Antão e considerado o iniciador do monarquismo cristão, hoje, uma cerimônia particular aconteceu na Praça de São Pedro. Santo Antônio é também padroeiro dos pecuaristas e animais domésticos. Em meio a Praça mais famosa do mundo, um curioso recinto foi ocupado por alguns animais como símbolo da tradicional benção realizada na festa do Santo. A cerimônia foi presidida pelo Vigário do Papa para a Basílica Vaticana, Cardeal Ângelo Comastri. Centenas de pecuaristas de todo país participaram da celebração organizada pela Associação Italiana de Criadores. Na pequena exposição que atraiu os passantes, alheios ao movimento, estavam animais grandes e pequenos. Para os criadores, a benção tem grande importância: "Um acontecimento como este na Praça mais famosa para os cristãos me emociona", declara Nino Andena, presidente da Associação Italiana de Criadores. "Hoje todos os criadores puderam ver com orgulho o trabalho que desenvolvem, e reconhecer o amor dedicado. Ser abençoado nesta Praça é um grande reconhecimento". A eles Bento XVI também enviou a sua mensagem durante a Audiência Geral desta quarta-feira. “Saúdo os representantes da Associação Italiana de Criadores, uma realidade importante para a economia do nosso país. Eu vos exorto a operar sempre no respeito ao meio ambiente e em favor da segurança alimentar dos cidadãos”.Santo AntãoSanto Antão, abade, nasceu em 251 naquele Egito que, nos séculos III e IV da era cristã, contava com comunidades cristãs bastante grandes. Santo Antão tinha uma família cristã na qual pôde formar a base de sua vida de oração, pureza dos costumes e amor à mortificação cristã. Ao perder, com vinte anos, os pais, os quais lhe deixaram certa fortuna, numa celebração eucarística, ouviu as palavras do Evangelho: "Se queres ser perfeito, vai, vende o que possuis, dá-o aos pobres, e terás um tesouro nos céus. Depois, vem e segue-me!" (Mt 19, 21). Sendo radical na vivência da Palavra, deixou tudo e se retirou para um deserto, para viver uma intensa vida de oração, trabalho e penitência. Santo Antão evoluiu em Deus e na vida eremítica, já que, sendo muito procurado, atraiu admiradores e seguidores. Depois de uma forte experiência comunitária se aventurou a uma maior solidão no deserto, que durou dezoito anos.

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