A oposição de esquerda na França voltou a criticar, nos dias passados, as declarações do presidente Nicolás Sarkozy( Na foto com o Papa), sobre religião e laicidade. O presidente francês afirmou, justificando-se, não ter desejado fazer "apologia de nenhuma religião, de nenhum culto", referindo-se ao fato de ter exaltado, dias antes, de forma inédita para um presidente francês, os "valores cristãos" da França e o papel da religião, em suas visitas a Roma e à Arábia Saudita.Dizer que "a França, no mais profundo de sua história, tem raízes cristãs (...), não é fazer apologia de nenhuma religião, de nenhum culto" _ disse Sarkozy, dirigindo-se a Sens, sudeste de Paris.Mais tarde, em discurso proferido diante de diplomatas, Sarkozy explicou que o principal desafio do mundo no século XXI será, juntamente com a questão do clima, "o retorno do religioso à maior parte de nossas sociedades". "É uma realidade, e só os sectários não a vêem" _ sublinhou. Em seu encontro com Bento XVI, no Vaticano, Sarkozy havia desencadeado a ira dos defensores do princípio da laicidade, considerado um dos "pilares da república" francesa. Em Riad, Arábia Saudita, o presidente francês evocara "Deus que não escraviza o homem, mas que o libera" e "Deus que é a proteção contra o orgulho desmesurado e a loucura dos homens”. Sarkozy teve o cuidado de precisar, na última sexta-feira, dia 18, que não tinha a intenção de "modificar os grandes equilíbrios" da lei de 1905 que instaurou a separação entre Igreja e Estado, na França. (AF)
Fonte: Rádio Vaticano
Fonte: Rádio Vaticano
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