Frei Jeffrey Stennson, ex-bispo episcopaliano, foi nomeado primeiro Ordinário
O dia 1º de janeiro de 2012 já entrou na história do ecumenismo norte-americano. Nesse dia, o Papa Bento XVI erigiu o primeiro Ordinariato estadounidense para os Episcopalianos e outros Anglicanos que desejem entrar em comunhão com a Igreja Católica sem perder seu legítimo patrimônio anglicano, com sede em Houston (Texas-EUA).
O nome oficial da estrutura recém-criada é "Ordinariato da Sé de São Pedro". Assim como o Ordinariato inglês denominou-se "Ordinariato de Nossa Senhora de Walsingham", recordando uma famosa invocação mariana da Inglaterra anterior à Reforma, o Ordinariato norte-americano recebeu o seu nome para sublinhar a adesão ao Romano Pontífice.
Este é o segundo Ordinariato anglocatólico do mundo, após o Ordinariato inglês, criado faz um ano. Já foram recebidas solicitações de ingresso de cerca de cem clérigos anglicanos e de mais de mil leigos dos Estados Unidos, de 22 paróquias ou grupos distintos. Duas dessas comunidades (São Lucas, em Maryland, e São Pedro da Roca, no Texas) já haviam entrado em comunhão com a Igreja no ano passado, com a intenção de integrar-se ao Ordinariato quando esse fosse criado.
O antigo bispo episcopaliano Jeffrey N. Stennson foi nomeado como primeiro ordinário. Ele converteu-se ao catolicismo em 2007 juntamente com sua esposa Debra e foi ordenado sacerdote católico dois anos depois. O vigário-geral do Ordinariato será Scott Hurd, também antigo pastor episcopaliano.
A preparação para a criação do Ordinariato norte-americano foi dirigida pelo Arcebispo de Washington, Cardeal Donald Wuerl.
O Ordinariato nos Estados Unidos apresenta uma diferença muito significativa com relação ao caso inglês. Nos Estados Unidos, já existiam cerca de 15 paróquias e comunidades católicas procedentes do anglicanismo, graças a uma iniciativa do Papa Beato João Paulo II. Em 1980, aprovou-se a chamada Provisão Pastoral, na qual o Papa permitia a ordenação, como sacerdotes católicos, de antigos clérigos anglicanos casados. Desde então, cerca de 90 ex-pastores episcopalianos tornaram-se católicos e foram ordenados como sacerdotes. Em vários casos, os pastores trouxeram consigo à Igreja grupos inteiros de fiéis, que formaram comunidades e paróquias marcadas pelas tradições anglicanas e com um desejo de conservar essas tradições.
Quase todos esses grupos encontram-se nos estados do Texas e da Pennsylvania e se espera que todos ou a maioria integrem-se ao novo Ordinariato, conferindo a esse uma organização e infraestruturas próprias, de que ainda carecem o Ordinariato inglês. Essa experiência de várias décadas permitiu a aprovação, em 2003, de um Livro litúrgico próprio, que recolhe a tradição anglicana, despojada de aderências protestantes, o chamado Uso Anglicano. O Livro do Culto Divino (Book of Divine Worship) contém elementos do Livro da Oração Comum (Book of Common Prayer) anglicano e do Missal Romano.
A criação dos Ordinariatos inglês e norte-americano, além da futura formação de um
Ordinariato australiano, supõe um novo enfoque do ecumenismo com a Comunhão Anglicana. Após décadas de um ecumenismo mais teórico, que levou a um certo desencanto, sobretudo pelo distanciamento que supôs a ordenação de mulheres e homossexuais no Anglicanismo, os Ordinariatos constituem uma iniciativa ecumênica mais realista e com resultados mais concretos.
Espera-se que os membros dos Ordinariatos sejam inicialmente pouco numerosos, mas a existência dos mesmos tem grande relevância para a relação com outras confissões, especialmente os anglicanos. De acordo com a diretora de Comunicações da Arquidiocese de Washington, Susan Gibbs, "trata-se do maior esforço para a reunificação dos últimos quinhentos anos".
Leonardo Meira da Canção Nova, com infocatolica.com (tradução de CN Notícias)
O nome oficial da estrutura recém-criada é "Ordinariato da Sé de São Pedro". Assim como o Ordinariato inglês denominou-se "Ordinariato de Nossa Senhora de Walsingham", recordando uma famosa invocação mariana da Inglaterra anterior à Reforma, o Ordinariato norte-americano recebeu o seu nome para sublinhar a adesão ao Romano Pontífice.
Este é o segundo Ordinariato anglocatólico do mundo, após o Ordinariato inglês, criado faz um ano. Já foram recebidas solicitações de ingresso de cerca de cem clérigos anglicanos e de mais de mil leigos dos Estados Unidos, de 22 paróquias ou grupos distintos. Duas dessas comunidades (São Lucas, em Maryland, e São Pedro da Roca, no Texas) já haviam entrado em comunhão com a Igreja no ano passado, com a intenção de integrar-se ao Ordinariato quando esse fosse criado.
O antigo bispo episcopaliano Jeffrey N. Stennson foi nomeado como primeiro ordinário. Ele converteu-se ao catolicismo em 2007 juntamente com sua esposa Debra e foi ordenado sacerdote católico dois anos depois. O vigário-geral do Ordinariato será Scott Hurd, também antigo pastor episcopaliano.
A preparação para a criação do Ordinariato norte-americano foi dirigida pelo Arcebispo de Washington, Cardeal Donald Wuerl.
O Ordinariato nos Estados Unidos apresenta uma diferença muito significativa com relação ao caso inglês. Nos Estados Unidos, já existiam cerca de 15 paróquias e comunidades católicas procedentes do anglicanismo, graças a uma iniciativa do Papa Beato João Paulo II. Em 1980, aprovou-se a chamada Provisão Pastoral, na qual o Papa permitia a ordenação, como sacerdotes católicos, de antigos clérigos anglicanos casados. Desde então, cerca de 90 ex-pastores episcopalianos tornaram-se católicos e foram ordenados como sacerdotes. Em vários casos, os pastores trouxeram consigo à Igreja grupos inteiros de fiéis, que formaram comunidades e paróquias marcadas pelas tradições anglicanas e com um desejo de conservar essas tradições.
Quase todos esses grupos encontram-se nos estados do Texas e da Pennsylvania e se espera que todos ou a maioria integrem-se ao novo Ordinariato, conferindo a esse uma organização e infraestruturas próprias, de que ainda carecem o Ordinariato inglês. Essa experiência de várias décadas permitiu a aprovação, em 2003, de um Livro litúrgico próprio, que recolhe a tradição anglicana, despojada de aderências protestantes, o chamado Uso Anglicano. O Livro do Culto Divino (Book of Divine Worship) contém elementos do Livro da Oração Comum (Book of Common Prayer) anglicano e do Missal Romano.
A criação dos Ordinariatos inglês e norte-americano, além da futura formação de um
Ordinariato australiano, supõe um novo enfoque do ecumenismo com a Comunhão Anglicana. Após décadas de um ecumenismo mais teórico, que levou a um certo desencanto, sobretudo pelo distanciamento que supôs a ordenação de mulheres e homossexuais no Anglicanismo, os Ordinariatos constituem uma iniciativa ecumênica mais realista e com resultados mais concretos.
Espera-se que os membros dos Ordinariatos sejam inicialmente pouco numerosos, mas a existência dos mesmos tem grande relevância para a relação com outras confissões, especialmente os anglicanos. De acordo com a diretora de Comunicações da Arquidiocese de Washington, Susan Gibbs, "trata-se do maior esforço para a reunificação dos últimos quinhentos anos".
Leonardo Meira da Canção Nova, com infocatolica.com (tradução de CN Notícias)
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