Dom Leonardo Steiner, secretário geral da CNBB
O secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, elogiou ontem, sexta 11, a presidente Dilma Rousseff pela nomeação dos nomes que vão compor a Comissão da Verdade: “a presidente nomeou um grupo de grande valor ético, moral e de conhecedores da nossa história”.
A Comissão da Verdade terá o período de trabalho estipulado em dois anos e, depois disso, deverá oferecer conclusões para ajudar no esclarecimento do que ocorreu de crimes praticados na área dos humanos praticados entre 1946 e 1988. Nesse trabalho, terá especial destaque os acontecimentos a partir de 1964, quando começou a série de governos militares no chamado tempo da ditadura.
Duas mulheres e cinco homens compõem a Comissão: Rosa Maria Cardoso da Cunha, advogada com especialização na defesa de crimes políticos; Maria Rita Khel, psicanalista e escritora; José Paulo Cavalcanti Filho, jurista, consultor da Unesco e do Banco Mundial; Cláudio Fonteles, ex-procurador-geral da República;, Gilson Dipp, ministro do Superior Tribunal de Justiça; José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça; Paulo Sérgio Pinheiro, cientista político.
O secretário lembrou que a Comissão tem importância “não somente para resgatar o passado, mas para fazer memória do passado. Olhar para o passado e aprender com ele”. A respeito da preocupação de que o trabalho seja “revanchista”, Dom Leonardo disse: “não creio que esses nomes escolhidos tenham esse tipo de índole. São pessoas de grande valor moral e isso assegura que não conduzirão os trabalhos para esse fim”.
Dom Leonardo também considerou que o tempo disponível para os trabalhos da Comissão é bastante escasso e os membros nomeados pela presidente precisarão de todo o apoio para realizarem um trabalho com profundo empenho: “esperamos que eles tenham recursos e assessores necessários para realizarem os trabalhos”.
“A CNBB sentiu que os nomes escolhidos são de pessoas que têm grande amor pelo Brasil e, por isso mesmo, a Comissão primará pela elucidação dos fatos e pela reconciliação com nosso passado”, disse Dom Leonardo.
Da Canção Nova, com CNBB
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