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sábado, 25 de agosto de 2012

Exército da fé

 






















Cidade do Vaticano (RV) – RealAudioMP3 Neste domingo comemoramos no Brasil o Dia do Catequista ou dos Catequistas. Um exército de pessoas, muitas delas anônimas que trabalham pela evangelização. Olhando para esta comemoração me veio em mente a minha primeira catequista, que foi aquela que me ajudou a descobrir a grande beleza da nossa fé, e do amor eucarístico. Por sorte e felicidade foi a minha mãe, de saudosa memória. Mas quem não se lembra da primeira catequista, quem sabe de certa idade, ou jovem, solteira ou casada, religiosa ou leiga. Certamente temos uma dívida para com elas ou eles, que através de seu indispensável trabalho nos ajudaram a dar os primeiros passos dentro da grande família de Deus chamada Igreja.

Dias atrás fazendo uma matéria sobre um historiador da Igreja que falava do Catecismo como pedra angular que nos mantém na fé, me veio a pergunta: mas o catecismo sem o catequista que destino teria? Pensei então mais uma vez no grande trabalho que esses heróis e heroínas, isso mesmo, são heróis e heroínas, que dedicam seu tempo à formação de novas vidas dentro da Igreja. No Brasil esse exército é de mais de 500 mil, espalhados por todos os rincões.

Voltando aos nossos catequistas, que nos ajudam na preparação dos sacramentos, na transmissão dos conteúdos da fé, me vem mais uma pergunta: o que seria da realidade das nossas capelas, paróquias, dioceses, sem esse exército de servidores, verdadeiros tesouros nascidos e crescidos nas nossas comunidades?

Em 1992, quando da sua visita a Angola e São Tomé e Príncipe, o Beato João Paulo II falando aos catequistas na Catedral de Benguela, afirmou que eles são um verdadeiro laicado de vanguarda. Em muitos lugares eles foram os responsáveis pela consolidação das novas Comunidades Cristãs, quando não a primeira pedra na sua implantação, com o primeiro anúncio do Evangelho àqueles que o não conheciam como Anchieta na nossa Pátria. Se os missionários não podiam estar presentes ou tiveram de partir logo após um primeiro anúncio bem rápido, foram, os catequistas, que mantiveram a comunidade, preparando o povo cristão para os sacramentos, ensinando a catequese, assumiu a animação da vida cristã. Essa é ainda uma realidade bem brasileira.

A ação dos catequistas certamente completa a ação do sacerdote e como dizia João Paulo II mostra o verdadeiro rosto da Igreja, que deve ser missionária em todos os seus membros.

Aqui vai nosso agradecimento e incentivo a todos os catequistas que aceitaram consagrar o seu tempo, as suas forças e o seu coração, ao trabalho na vinha do Senhor. As exigências do Evangelho são grandes, tanto na vida da Igreja como no mundo. Por isso muitas vezes só a boa vontade, não basta, porque o trabalho dos catequistas vai-se tornando cada vez mais difícil e exigente, devido às mudanças da sociedade atual. Daqui a necessidade sempre urgente de uma sempre maior preparação doutrinal e pedagógica e uma constante renovação espiritual e apostólica. Que jamais falte então o consolo da oração nos momentos difíceis e do abraço sincero dos catequizando. O nosso agradecimento a esse exército de servidores e servidoras.

E termino com uma frase do Beato João Paulo II: “Deus não deixa sem recompensa um copo d’água dado por amor; muito menos deixará sem recompensa o serviço ao Evangelho e às comunidades cristãs prestado pelos catequistas. (Silvonei José)

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