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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Por que os fiéis acreditam na Igreja?


Arquivo/Canção Nova
Padre Toninho destacou a importância dos fiéis se empenharem no conhecimento da fé católica, em especial neste Ano da Fé
Com quem os fiéis católicos aprendem sobre a doutrina de sua religião? A Igreja, em sua missão de continuar a transmitir o Evangelho a toda a criatura, é quem ensina os cristãos a viverem na fé. Instituição fundada pelo próprio Cristo, a Igreja tem, inclusive, seu próprio Catecismo, a fim de difundir o conhecimento sobre a fé católica.

Nesta última reportagem da série especial sobre a oração do Credo, na qual os fiéis também professam sua fé na Igreja, padre Antônio Justino Filho, o padre Toninho da Comunidade Canção Nova, afirmou que, resumidamente falando, Deus quer a Igreja para que ela seja sinal da Sua presença no mundo. Ele destacou que ela não é um fim, mas é um meio através do qual as pessoas se encontram com Deus.

E é também por esse seu aspecto que a Igreja é mais que uma instituição. “A Igreja tem a missão de dar continuidade à obra redentora do Nosso Senhor Jesus Cristo. Então desde o Papa até os fiéis cristãos, todos são chamados a serem essas verdadeiras testemunhas do Nosso Senhor Jesus Cristo onde se encontram”, disse o sacerdote.

Mas muitos ainda podem se perguntar porquê a Igreja, sendo mais que uma instituição, não é democrática. A autoridade máxima para os católicos na terra é o Papa, e este não é escolhido por voto popular, bem como acontece com a nomeação dos bispos, por exemplo.

Padre Toninho explicou que o Espírito Santo está presente na pessoa do Papa e o que o Papa diz é o próprio Jesus que está dizendo. “Por isso que aquilo que o Papa diz é para toda a Igreja. Se cada um fosse querer dar a sua opinião, a coisa não caminharia. Então o Papa tem essa missão de ser essa ponte, por isso é chamado Pontífice, entre a terra e o céu. E essa autoridade dada ao Papa é reconhecida por toda a Igreja”.

Arquivo/Canção Nova
Ser una, santa, católica a apostólica, segundo explica o professor, é uma marca da Igreja para que ela não seja confundida com outra instituição

Igreja: una, santa, católica e apostólica

A crença dos católicos na Igreja se pauta basicamente pelo reconhecimento de quatro de seus aspectos: ela é una, santa, católica e apostólica. Autor de vários livros sobre a doutrina católica, o professor Felipe Aquino explicou que estes aspectos constituem a identidade da Igreja, para que ela não seja misturada com outra instituição que não é a Igreja do Senhor Jesus Cristo.

Ele fez uma associação com o documento de identidade de cada pessoa, que possui quatro características que não permitem confundi-la com ninguém: o nome, o número de RG, a foto e a assinatura.

“Una quer dizer que ela é unida, porque o Espírito Santo é que faz essa unidade do corpo místico. E ela é única. Jesus diz: sobre ti, Pedro, edificarei A minha Igreja e não AS, no plural”.

Quanto ao fato dela ser santa, o professor explicou que este é um dogma de fé. Na carta de São Paulo aos Efésios (Ef 5, 25), ele lembrou que São Paulo deixa claro que Cristo santificou a Igreja pelo seu sangue. “Então a Igreja é santa; os pecados não são da Igreja, são dos filhos da Igreja (...) a Igreja como instituição cuja alma é o Espírito Santo e cuja cabeça é Cristo não tem pecado”.

Além de una e santa, a Igreja é católica, que quer dizer universal, foi enviada para evangelizar o mundo inteiro. “Mas não é universal só em termos geográficos, é também em termos teológicos, doutrinários, o que quer dizer que ela detém a plenitude dos meios de salvação”.

Já o “apostólica”, segundo explicou o professor, faz referência aos apóstolos, que são as “colunas” da Igreja. “A lógica da salvação é essa: o Pai enviou o Filho, o Filho enviou a Igreja que é estruturada nos apóstolos”.

Como entender e aumentar a fé na Igreja?

Neste Ano da Fé, o Papa Bento XVI propõe uma redescoberta da fé, de forma que os fiéis saibam entender mais e melhor a fé que professam.

Padre Toninho lembrou que o Santo Padre pede o estudo da Palavra e também do Catecismo da Igreja Católica que, na visão dele, é o livro de cabeceira de cada cristão não somente neste Ano da Fé, mas ao longo de toda a vida cristã. Isso porque o catecismo contém a centralidade de tudo o que a Igreja ensina.

“Ninguém ama aquilo que não conhece, por isso que é preciso que os católicos se empenhem neste conhecimento. Então, ler, estudar, e não só isso, mas rezar com o Catecismo da Igreja Católica, porque as verdades de fé estão contidas todas nele”, concluiu. 

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