Ano X - 2007/2016 - 10 ANOS NO AR - BLOG DO IVSON - "A IGREJA CATÓLICA EM NOTÍCIAS" - EDITADO POR IVSON DE MORAES ALEXANDRE - VOLTA REDONDA - RIO DE JANEIRO - BRASIL
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terça-feira, 7 de setembro de 2010

Papa e Santa Sé

CANONIZAÇÃO DO SEGUNDO SANTO CANADENSE

◊ Montreal, 07 set (RV) - Vigília de oração, mostra em Montreal, concertos e, por fim, um grande evento no Estádio Olímpico de Montreal no dia 30 de outubro. Assim a Igreja em Quebéc (Canadá), festejará a canonização, em 17 de outubro, de André Bassette, que será o segundo santo canadense, depois de Marguerite d’Youville, canonizada por João Paulo II em 1990.

É esperada a presença de 10 mil fiéis canadenses à celebração na Praça São Pedro, no Vaticano. André Bassette é conhecido como “o homem dos 125 mil milagres” e é uma figura muito carismática e popular no país.

Nasceu em 1845 no vilarejo de Saint-Grégoire d’Iberville, pertencente à diocese de Montreal. O seu nome de nascimento é Alfredo Bassette. Trabalhou durante um ano nos Estados Unidos e depois entrou para a Congregação da Santa Cruz, fundada, no Canadá, para fazer renascer as escolas católicas francesas abolidas pelos ingleses um século antes. Por 40 anos foi porteiro do colégio Nossa Senhora em Montreal, onde conquistou a fama de realizar muitas curas.

A ele se deve a construção do famoso Oratório de São José de Monte-Real, em Montreal, que hoje é o destino de muitas peregrinações. A sua morte, em 1937, aos 91 anos, foi vivenciada com um luto nacional.

Em 17 de outubro próximo, outros cinco beatos serão canonizados com ele. (ED)

EXPOSIÇÃO EM LONDRES AGUARDA VISITA DE BENTO XVI AO REINO UNIDO

◊ Londres, 07 set (RV) - Uma metáfora da visita do Papa ao Reino Unido: com essas palavras, o Arcebispo de Westminster e Presidente da Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales, Dom Vincent Nichols, define a exposição "Rafael: cartões e tapeçarias para a Capela Sistina", que será inaugurada nesta quarta-feira, em Londres, no Victoria and Albert Museum.

Realizada pela estrutura londrina de museu em colaboração com os Museus Vaticanos, a exposição se realizará em concomitância com a viagem apostólica de Bento XVI ao Reino Unido, que terá lugar de 16 a 19 do corrente.

"A justaposição criativa de tapeçaria e cartões é uma metáfora da própria visita do Santo Padre – afirmou Dom Nichols. De fato, todo elemento lança nova luz nos outros e, juntos, portam um enriquecimento. Quando Bento XVI chegar, na próxima semana, a minha esperança é que as pessoas realmente escutem as suas palavras, com um coração aberto para experimentar a força criativa de uma fé viva."

"Como a arte – continuou o Presidente dos bispos ingleses – a fé nos mostra como ser abertos nos pensamento e nas obras, porque todos nós temos a capacidade de sermos criativos, de modo a descobrir a transcendência, independentemente de quais sejam os nossos limites."

Em seguida, o Arcebispo reiterou: "A nossa sociedade tem muito a ganhar com a recuperação de um modo de entender a fé. Uma cultura que dá espaço para a alma e valoriza o dom da fé não somente dá valor à vida, mas também nos oferece um espaço no qual nos tornamos verdadeiramente humanos".

Ressaltando que "a grande arte nos impõe sermos abertos", Dom Nichols acrescentou: "Creio que a mesma experiência pode se verificar num encontro com o Cristianismo, em particular, com o Catolicismo. Naturalmente, os séculos, os conflitos e os pecados do homem podem sufocá-lo e desfigurá-lo, mas a vitalidade criativa do Cristianismo jamais é fraca".

"Como a arte, o problema está em conseguir compreender", evitando "suspeitas e fontes reducionistas" – observou o prelado. Em seguida, Dom Nichols concluiu: "Essas tapeçarias são obras por si significativas, mas são também uma forma expressiva potente" na medida em que "são reflexões sobre a missão dos Apóstolos Pedro e Paulo, não somente no cuidar da Igreja, mas também no testemunhar o dom de Cristo num mundo que ainda não tem uma linguagem capaz de falar d'Ele".

A exposição poderá ser visitada até 17 de outubro próximo. (RL)

Igreja no Brasil

INDEPENDÊNCIA DO BRASIL: VIDA EM PRIMEIRO LUGAR

◊ Brasília, 07 set (RV) - O Brasil celebra nesta terça-feira o Dia da Independência.

Hoje é também realizado o Grito dos Excluídos 2010. Este ano, a 16ª edição do evento, tem como tema "Vida em primeiro lugar", e o lema "Onde estão nossos direitos? Vamos às ruas para construir um projeto popular".

O Grito dos Excluídos foi promovido pela primeira vez em 1995, ano da Campanha da Fraternidade sobre os Excluídos, proposto pelo Setor de Pastoral Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O Grito dos Excluídos foi precedido por outras iniciativas como o Grito da Amazônia e Grito da Terra.

Segundo o jornal do Grito dos Excluídos, um dos objetivos do evento deste ano é "enunciar as formas de injustiças promovidas pelo sistema capitalista implantado em nosso país, que causa a destruição e a precariedade da vida do povo e do planeta".

Segundo o coordenador nacional do Grito dos Excluídos 2010, Ari Alberti, o tema deste ano visa os direitos essenciais: "A luta principal do Grito é pela vida. E dentro disso, trazemos o lema deste ano que busca os direitos básicos garantidos pela Constituição Federal como saúde, segurança, educação, lazer e outros".

Este ano, o Grito dos Excluídos acontece junto com o Plebiscito pelo Limite de Propriedade da Terra. "A constituição assegura que em fatos de relevância nacional, a sociedade deva ser consultada. O povo tem respondido bem a isso. Um exemplo claro foi o projeto de lei "Ficha Limpa", que foi uma ação direta do coletivo, e acredito que assim será com experiência do plebiscito", afirmou Ari Alberti.

O Grito dos Excluídos se realiza em todo o Brasil. Em Brasília acontece na Esplanada dos Ministérios, durante as comemorações da Independência do Brasil.

Em São Paulo, romeiros da Brasilândia percorrem as ruas da periferia até o centro da cidade e na Praça da Sé se unem ao Grito dos Excluídos. Hoje, os romeiros participam da missa na Catedral da Sé e logo após se unem ao 16° Grito dos Excluídos, e juntos caminham até o Monumento da Independência no Ipiranga, onde será realizado um ato público, em defesa da vida, dos direitos de cada cidadão e pelo Plebiscito Popular que deseja limitar a propriedade da terra no Brasil.

Em Pernambuco, o Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Antônio Fernando Saburido, fará um discurso de abertura do Grito dos Excluídos, e cerca de cinco mil pessoas participarão da caminhada, entre representantes de sindicatos e integrantes da sociedade civil.

Já em Aparecida, além do Grito dos Excluídos, celebra-se hoje a 23ª Romaria Nacional dos Trabalhadores. Os participantes vão se encontrar no Porto Itaguaçu para caminhar em procissão rumo ao Santuário Nacional. Em seguida, os romeiros participarão da missa presidida pelo Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis.

Entrevistado por Silvonei José, Dom Raymundo fala sobre a ligação entre trabalhadores e excluídos. (MJ/SP)

NOVO VICARIATO EPISCOPAL DO RIO DE JANEIRO

◊ Rio de Janeiro, 07 set (RV) – O Vigário Episcopal do Rio de Janeiro Dom Roberto Lopes, informou que a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro criou um novo Vicariato para atender as questões relacionadas à vida religiosa, aos institutos seculares e às comunidades novas. Segundo o prelado, na realidade, esse Vicariato já existiu no período em que Dom Eugenio foi Arcebispo, tendo Dom Karl Romer como Vigário Episcopal. De acordo com ele, com o tempo, a Arquidiocese ficou sem esse Vicariato, mas teve sempre um Bispo responsável pelos assuntos relacionados à vida religiosa.

Dom Roberto disse ainda que a nova nomenclatura do Vicariato está seguindo o modelo do Vaticano. Portanto, o nome correto é Vicariato para a vida religiosa, instituto secular e comunidades novas. Dentro do lema do nosso Arcebispo Dom Orani Tempesta, “Para que todos sejam um”, a nossa preocupação é para que todas as comunidades, sejam as mais tradicionais, mais antigas, congregações, junto com os institutos seculares e as comunidades novas, trabalhem em conjunto.

Outro aspecto que Dom Roberto citou dentro do Vicariato é o ensino religioso, acrescentando que a Igreja se preocupa sobre se ela está formando seus alunos dentro de uma doutrina católica. Para isso, na semana passada, o novo Vigário Episcopal visitou um colégio em Jacarepaguá. E o que era para ser uma reunião informal se tornou uma visita pastoral. (SP)

Igreja na América Latina

COSTA RICA: CONGRESSO VOCACIONAL LATINO-AMERICANO

◊ San José, 07 set (RV) - O Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM) promove de 31 de janeiro a 5 de fevereiro de 2011, em Costa Rica, o 2° Congresso Vocacional latino-americano.

"Queremos que o Brasil tenha uma representação muito numerosa com 30 ou 40 pessoas no Congresso latino-americano", disse o Secretário do Departamento de Vocações e Ministérios do CELAM, Pe. Alexis Rodriguez, durante o 3º Congresso Vocacional, que se realiza, em Itaici (SP), e se concluirá nesta terça-feira.

Espera-se que o congresso reúna 400 pessoas. O tema do evento "Mestre, pela tua palavra lançarei as redes" e o lema "Chamados a lançar as redes para alcançar a vida plena em Cristo".

"O objetivo do Congresso Latino-americano é fortalecer a cultura vocacional para que os batizados assumam seu chamado a serem discípulos missionários de acordo com a realidade da América Latina e Caribe", explica Pe. Alexis.

São convidados para o evento de Costa Rica os bispos presidentes das Comissões para as Vocações da América Latina e Caribe, bem como seus secretários executivos, agentes de pastorais, consagrados, entre outros participantes.

Para o Brasil, haverá, ainda, uma vaga para cada um dos 17 Regionais da CNBB.

O sacerdote explicou durante o encontro, em Itaici, o cartaz do Congresso latino-americano que traz o mapa da América Latina e Caribe. Ele chamou a atenção para os detalhes da cor verde, para a cruz e para a base do desenho.

Segundo explicou, o verde é para lembrar que a América Latina é o continente da esperança e do amor. Já a cruz, segundo é aberta em sua base porque "somos chamados a completar a obra de Jesus". O mapa tem, em sua base, o formato de um pé. "Isso significa que todos temos que nos colocar a caminho", concluiu o sacerdote. (MJ)

ARCEBISPO MEXICANO DENUNCIA PROBREZA

◊ Cidade do México, 07 set (RV) - O México celebra seu Bicentenário de Independência e vista desse evento o Arcebispo de Morelia, Dom Alberto Suárez Inda, propôs uma reflexão sobre a situação em que vive o país.

Numa carta, o prelado afirma que algumas pessoas ficaram surpresas com suas palavras sobre o pecado de omissão da Igreja, caso tivesse ficado omissa ou calada diante das celebrações do Bicentenário. "Um povo sem memória corre o risco de perder sua identidade. Nós, como cristãos, devemos descobrir o dedo de Deus que escreve a história" – afirma o arcebispo.

"Na luz da fé, vemos que Deus guia os eventos num percurso do projeto de salvação. Antes dos chamados Pais da Pátria, houve o evento Guadalupano, em que Nossa Senhora inspirou e acompanhou o México em todos os momentos. Nossa Senhora de Guadalupe não é apenas protetora da nação, mas artesã de um país independente" – ressaltou o prelado.

Segundo o bispo, "o católico mexicano deve agradecer a Deus por estes 200 anos, sobretudo pela liberdade, que é um dom de Deus e uma meta a se reconquistar com esforço e generosidade".

"A situação dolorosa do México – prossegue o Arcebispo – nos leva a agir com sabedoria e responsabilidade diante dos desafios da pobreza, da deterioração social e dos atritos. Nós confiamos no Senhor e na proteção de Nossa Senhora de Guadalupe para continuar a trabalhar em favor da justiça e da paz" – disse ainda Dom Alberto Inda.

A Igreja católica no México publicou, em primeiro de setembro, uma carta pastoral dos bispos intitulada "Comemorar a nossa história de fé, para comprometermo-nos hoje com o nosso país", por ocasião do Bicentenário da Independência do México.

O documento narra, em 50 páginas, a história de fé de um povo que sofre, mas é fiel. Um exemplo de devoção mariana e missionária para todo o continente. (MJ)

Igreja no Mundo

CARDEAL BAGNASCO PREOCUPADO COM A FAMÍLIA ITALIANA

◊ Genova, 07 set (RV) - O Arcebispo de Genova e Presidente da Conferência Episcopal Italiana, Cardeal Angelo Bagnasco, afirmou que enquanto “um homem e uma mulher unem suas vidas para sempre no vínculo do matrimônio” haverá esperança de futuro para a humanidade. O Cardeal pediu aos italianos a responderem através do sacramento do matrimônio, a “uma verdadeira corrida rumo à morte” e recordou que “negar a família significa o desmoronamento da própria sociedade”.

Durante uma Santa Missa, celebrada por ocasião da Solenidade de Nossa Senhora da Guarda, o Cardeal Bagnasco pediu um maior amparo à família na Itália, porque um maior apoio às políticas pró-família assegura um “corpo social equilibrado”. O Arcebispo insistiu que devem ser desenvolvidas políticas que sejam “mais aderentes e eficazes” segundo a realidade das famílias do país, e considerou “absurdo” que não se preocupem em resolver esse problema. Segundo as cifras oficiais do Instituto Nacional de Estatística da Itália, no ano 2009 houve uma média de 1,41 filhos por família.

O Cardeal Bagnasco disse ainda que a necessidade de “reconhecer que o equilíbrio demográfico não só é necessário para a sobrevivência física de uma comunidade, pois sem filhos não há futuro, mas também é uma condição para a aliança entre gerações que é essencial para uma normal dialética democrática”.

A falta de crianças antecipa um futuro “sombrio, outonal” para o país, advertiu, e indicou que os desequilíbrios geracionais, a pobreza educativa e a impossibilidade da sociedade de pensar em prever e organizar-se em torno às crianças já são reais.

“A família fundada no matrimônio, e especialmente no sacramento, é uma prova de que Deus segue amando o mundo, que confia no homem, que o futuro existe, que o amor e a esperança são mais fortes que o mal”, sublinhou o purpurado. (SP)

IGREJA DA ÁSIA ESCREVE CARTA AO PAPA

◊ Cidade do Vaticano, 07 set (RV) - Uma carta de agradecimento ao Papa Bento XVI por sua solicitude para com a Igreja na Ásia e uma mensagem final, para reafirmar que a contribuição cristã é essencial para a sociedade moderna: esses os dois documentos finais elaborados pelo Congresso de Leigos Católicos da Ásia, que se concluiu no domingo, em Seul, Coréia do Sul. Organizado pelo Pontifício Conselho para os Leigos, o Congresso refletiu sobre o tema da evangelização do continente asiático.

Vivemos em tempos difíceis, parece que quase em todos os lugares a Igreja encontra fortes ventos contrários , temos medo de naufragar. Mas Cristo e o Papa estão firmes no timão do barco, guiando com cuidado e serenidade, carregando o peso da Cruz e nos aproximando de Deus. Esta é a imagem comovente que o Congresso de leigos católicos da Ásia descreve em sua carta a Bento XVI. “Santidade – lê-se na carta - fomos tocados pelo seu amor paternal e por sua proximidade”, sinais tangíveis “do ministério universal e do cuidado missionário incansável do Sucessor de Pedro”. “Mesmo imersos em uma sociedade que está sofrendo profundas alterações – continua a carta - estamos cientes da nossa contribuição na construção da comunidade cristã, da nossa vocação à caridade para o bem de todos na Ásia”. A carta termina com um forte pedido ao Santo Padre para que ele recorde, na oração de todas as heróicas testemunhas de fé no continente, como também das famílias, das associações e movimentos que, com esperança e amor, proclamam a Palavra de Deus.

E uma forte tomada de consciência da importância do papel dos leigos católicos também emerge da Mensagem final do Congresso: "Nós somos um pequeno rebanho – lê-se no texto - que não tem complexo ou medo de ser uma minoria. Nós não queremos ficar confinados dentro dos muros das igrejas, mas sentimos o chamado a sermos sal e luz do continente asiático”. Por isso, os leigos católicos afirmam: “Queremos ser ativos protagonistas na vida da Igreja local, em comunhão com nossos bispos”; “somos poucos, mas mesmo assim estamos presentes em toda parte, impulsionados pelo amor por todos os nossos irmãos na Ásia sem exceção ou discriminação. Estamos orgulhosos da riqueza de nossas antigas tradições culturais, e motivados a compartilhar nossa fé em Jesus Cristo, realização de toda aspiração humana”.

Certamente – lê-se ainda na Mensagem final - a Ásia vive um processo sem precedentes de crescimento e de transformação social, econômica e demográfica. Mas é preciso enfrentar os problemas da promoção da liberdade, da justiça, da solidariedade e do desenvolvimento de condições de vida mais humana. À luz disto, os leigos estão convencidos da contribuição cristã, “única e essencial” para o bem do continente.

Por essa razão, os católicos se comprometeram a renovar os esforços para compartilhar a experiência cristã na sociedade. Mas atenção – destaca-se no documento -, “isto não é marketing estratégico ou proselitismo fanático, mas simplesmente o fruto do encontro com Jesus”, que faz brotar naturalmente “o desejo de levar esta graça aos outros”.

Mesmo diante dos mártires, das vítimas do fundamentalismo, dos perseguidos por causa de sua fé – exorta a Mensagem - é preciso “ter coragem“, “e deixar-se fascinar por Cristo”, através da escuta de Sua Palavra, para que todos possam tornar-se um colaborador “indispensável na vida da Igreja” traçando “novos caminhos para o Evangelho na sociedade”.

“Somos portadores do bem supremo para o povo da Ásia de hoje e de amanhã”, conclui o documento final do Congresso, e “nós somos convidados a partilhar com os demais o grande tesouro que é Jesus Cristo”. Enfim, a Mensagem confia todos os fiéis a Maria, “a estrela luminosa da nova evangelização”. (SP)

IGREJA EUROPEIA FAZ APELO EM PROL DA CRIAÇÃO

◊ Mariazell, 07 set (RV) - Concluiu-se no último domingo com um apelo aos jovens, às famílias, às comunidades paroquiais, aos mosteiros, às escolas, aos seminários e às universidades, a fim de que renovem seu compromisso no cuidado da nossa morada terrena, a peregrinação para a salvaguarda da criação que teve início no dia 1º de setembro na Basílica de Estergon, na Hungria e chegou no último domingo, ao Santuário de Mariazell, na Áustria.

Participaram da experiência de fé cinquenta delegados das Conferências Episcopais da Europa provenientes de mais de 15 países. “Sem Deus o cuidado da criação torna-se uma ideologia, fruto do utilitarismo - disse à agência Sir, o Secretário Geral do Conselho das Conferências Episcopais da Europa, Padre Duarte da Cunha - e não respeita o que é um valor em si mesmo”. Nestes dias, como afirma Padre Duarte, os participantes não se limitaram apenas a falar, mas realizaram uma experiência prática de encontro pessoal entre eles, vivendo juntos em vários âmbitos da natureza.

Como indicado na mensagem final, de fato, especial atenção foi dedicada ao tema da água, elemento da criação rico de significado bíblico e sacramental, e também ao problema da energia e à necessidade de poupá-la, destacando a importância do uso de fontes renováveis. No texto, consta ainda um convite para dar vida a orações e ações comuns com outras Igrejas e o compromisso de promover um mais amplo diálogo dentro da comunidade política. “Os cristãos têm uma responsabilidade especial para com a criação à luz da razão e da fé - conclui Padre Duarte – a fé traz a esperança, e é por essa esperança que vale a pena para melhorar o mundo”. (SP)

DOMINICANOS TÊM UM NOVO SUPERIOR GERAL

◊ Roma, 07 set (RV) - Frei Bruno Cadore é o novo Superior Geral da Ordem dos Pregadores e 86º sucessor de São Domingos. Ele foi eleito no âmbito do Capítulo Geral da Ordem, reunido no plenário do Instituto Salesiano de Roma. Frei Bruno, que nasceu em 1954, médico e professor de ética médica, atualmente era Prior Provincial da Província da França e atual Presidente dos Priores provinciais da Europa.

A sua missão será recolher os desafios lançados pelo mundo e pela Igreja aos Dominicanos. A eleição ocorreu após a concelebração eucarística do “Sancto Spiritu”, presidida pelo Frei Timothy Radcliffe que precedeu o Superior Geral Frei Aspiroz Carlos Costa, que deixa o cargo. O Capítulo Geral retomou depois as reflexões sobre o estudo finalizado à pregação, o carisma específico dos Dominicanos; a formação intelectual e espiritual dos frades; e o governo da Ordem e a economia. O próximo Capítulo Geral será realizado em 2013. (SP)

CARITAS PROMOVE CAMPANHA CONTRA POBREZA

◊ Nova Iorque, 07 set (RV) - A Caritas Internationalis está promovendo uma nova campanha para pressionar os governos a cumprirem suas promessas de combate à pobreza. A campanha ‘Vozes da Caritas contra a Pobreza’ visa mobilizar aqueles que apóiam a iniciativa das Metas do Milênio, que previa uma série de ações concordadas pelos 189 países membros da ONU no ano 2000, em favor de um mundo melhor até 2015. Alguns progressos foram feitos, mas milhões de pessoas ainda vivem em extrema pobreza, padecem diariamente fome, doenças e a falta de direitos.

Os líderes mundiais se reunirão na sede da ONU em Nova Iorque para 'MDG2010 Summit’ para avaliar o que foi feito e reforçar os seus compromissos. De acordo com o Secretário-Geral da Caritas Internationalis, Lesley-Anne Knight, um bilhão de pessoas sofrem fome e desnutrição por causa da pobreza. Caritas apóia a necessidade de alcançar as Metas do Milênio a todo custo, que constituem um marco importante para erradicar a pobreza. Muitas dívidas devem ser canceladas, disse Knight. Um país pobre não pode gastar dinheiro em saúde e educação, se deve pagar a dívida nacional. Caritas acompanhará de perto o encontro de Nova Iorque com o seu representante permanente junto às Nações Unidas, Joseph Donnelly. (SP)

BISPOS A FAVOR DAS NEGOCIAÇÕES DE PAZ ENTRE REBELDES E GOVERNO NAS FILIPINAS

◊ Manila, 07 set (RV) - Os bispos de Mindanao (Filipinas) saúdam, com moderado otimismo, a retomada das negociações entre o governo de Manila e o grupo rebelde Frente Islâmica de Liberação Mora. As tratativas devem ser retomadas após o término do Ramadã, em 10 de setembro.

“Confiamos que o atual governo e a delegação dos rebeldes possam chegar a um acordo de paz satisfatório”, disse o auxiliar de Cotabato, Bispo José Colin Bagaforo. Para ele, seria oportuno que participassem também das negociações representantes de comunidades tribais e de outros setores da sociedade civil.

E o empenho da Igreja local para a pacificação da província deu mais um passo adiante com o lançamento de uma campanha pela promoção da cultura da paz na região, a qual conta com a parceria do exército e de uma organização não-governamental.

As negociações entre Manila e o grupo rebelde tem acontecido, com fases de ruptura, desde 1997. O grupo confronta-se com o governo pela formação de um Estado Islâmico Independente no sul do país desde 1970. (ED)

ROMA: SEMINÁRIO DE ESTUDOS PARA NOVOS BISPOS

◊ Roma, 07 set (RV) - Realiza-se no Pontifício Colégio São Paulo Apóstolo, em Roma, o Seminário de Estudo para os bispos que foram ordenados nos últimos dois anos. O encontro é promovido pela Congregação para a Evangelização dos Povos.

Cento e dois bispos nomeados nos últimos dois anos nas circunscrições eclesiásticas que dependem desse organismo missionário participam desse seminário. Os prelados são provenientes de 24 países da África, 11 países da Ásia, 3 países da América e 2 países da Oceania.

Os trabalhos tiveram início no último domingo com a celebração das Vésperas, e se concluirão no sábado, 18 deste mês, com a missa concelebrada junto ao túmulo do Apóstolo Pedro.

O objetivo do Seminário de Estudo, que segue a tradição iniciada pela Congregação para a Evangelização dos Povos, em 1994, é oferecer a todos os bispos recentemente nomeados para a liderança das dioceses ou circunscrições eclesiásticas dos territórios de missão, um tempo para rezar, refletir e aprofundar a vida e o ministério episcopal, que especialmente nos primeiros anos pode reservar dificuldades e problemas.

A palestra que inaugurou os trabalhos foi relativa à "atualidade da Missão ad Gentes na realidade do mundo e da Igreja hoje". O prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Ivan Dias, falou sobre a origem, desenvolvimento e competências desse organismo vaticano e as entidades que dele dependem como, universidades, institutos e faculdades.

O seminário contará com palestras de vários cardeais e bispos. (MJ)

Formação

DEUS UM SER NECESSÁRIO

◊ Cidade do Vaticano, 07 set (RV) - Reconheço a profundidade de conhecimentos de Física de Stephen Hawkins. Já por muitos anos esse cientista inglês tem chamado a atenção sobre si, pela originalidade de suas intuições. Não sei se ainda faz parte, mas já pertenceu à Academia de Ciências do Vaticano. Num livro anterior, de notável sabedoria, manifestou seu respeito para com o Criador, e se manifestou, de alguma forma, muito religioso. No último livro, no entanto, deixou na cabeça de seus fãs, sérias dúvidas. Não sobre a existência de Deus, que ele não questionou, mas sobre sua iniciativa na obra da criação. Infelizmente, não tenho o livro, mas apenas resumos. Estes costumam deixar traços das idéias de quem fez o resumo, e desfiguram o original.

Mas assim como se lê nas manchetes, o big bang não teria causa, segundo explicação de Hawking. Seria de uma geração espontânea incrível. A força do magnetismo universal – cuja origem não se discute – teria como conseqüência lógica a grande explosão. Ora, a sã Filosofia nos ensina que nenhum ser pode agir antes de existir. E tudo quanto existe deve ter um princípio causante. Nada aparece por si. O único Ser não oriundo de outro é Deus. Isso porque Ele é necessário. Por estar fora do tempo, sempre existiu. A matéria, seguramente não existe mais de 14 bilhões de anos. Mas o Pai Criador precisa atuar, ter uma iniciativa, para o cosmos ser explicável. Foi um ato de sua vontade. Ele não precisou “acender nenhum pavio” para provocar a explosão inicial. No universo Ele não age diretamente, mas estabeleceu as leis, através das quais tudo deve funcionar. Ademais, o que a ciência não conseguiu até hoje vislumbrar, e pelas intuições da fé o sabemos, é que a criação é um ato de amor, e não obra do acaso. Além do mais, esse ato de amor é tão minucioso, que cada ser existente tem um espaço na mente divina. Especialmente o ser humano, “sua imagem e semelhança” (Gen 1,26), o ponto alto do cosmos. Em Cristo, o homem perfeito, o “homo sapiens” detém um afeto especial no Coração de Deus. “Que é o homem, para dele cuidardes com tanto carinho?” (Sl 8, 5).

Dom Aloísio Roque Oppermann scj - Arcebispo de Uberaba, MG.
Endereço eletrônico: domroqueopp@terra.com.br


MÊS DA BÍBLIA

◊ Rio de Janeiro, 07 set (RV) - Iniciamos o mês de setembro, temático mês da Bíblia, que neste ano sugere para a reflexão nacional o livro de Jonas e nos recorda o envio de todos nós para evangelizar a grande cidade. No próximo dia 30, celebraremos a memória de São Jerônimo, presbítero e Doutor da Igreja, que teve o grande mérito de produzir uma tradução das línguas originais da Bíblia para o latim, a assim chamada Vulgata. São Jerônimo assim o fez para popularizar o texto da Escritura Sagrada. Isso possibilitou, sem dúvida, outras traduções e mais facilidade para o seu estudo e aprofundamento.


Por essa razão, a Igreja deseja, neste mês, recordar a importância da Bíblia, Palavra de Deus revelada, que é um dos textos mais importantes do mundo humanamente falando e, para nós cristãos, é a luz que conduz nossos passos. Suas inúmeras traduções para os mais diversos idiomas e dialetos são enormes. A sua difusão e estudo nos mais diversos países e culturas demonstra a sua força de comunicação.

Para nós, católicos apostólicos romanos, Cristo é o Verbo, a Palavra de Deus que se fez carne e veio habitar entre nós. A Sagrada Escritura e a Tradição nos fazem uma promessa de vida humanizada na pessoa de Jesus. Precisamos desta Palavra de Salvação, pois não podemos viver plenamente sem conhecer verdadeiramente a Deus.

A Bíblia é a revelação de Deus numa linguagem humana e compreensível para todos, através de séculos. Muito embora tenha sido escrita durante longos períodos não contínuos ela apresenta-se como uma unidade perfeita. E também entre seus diversos autores, mesmo que não tenham se conhecido, existe uma harmonia e coerência iluminadas pelo Espírito Santo, o autor principal da Bíblia.

Ela contém diversas formas literárias, história, biografias, poemas, provérbios, frases, cartas, leis, instruções e outras inúmeras manifestações literárias do ser humano. Escreveram com a cultura humana, porém inspirados por Deus.
Devemos nos perguntar sobre a importância da leitura e do estudo da Bíblia hoje. Ela nos traz respostas para inúmeras perguntas que o ser humano se faz, como: qual o sentido da vida? Como faço para alcançar a felicidade? Por que é tão difícil ser bom? Por que há tanto mal no mundo? Ela nos traz a história da nossa salvação!

Em suas páginas e livros encontramos os caminhos para as respostas a todas essas indagações, que são absolutamente naturais em nossa vida. Em suas páginas podemos encontrar essa fidelidade do Senhor, que nos traz alívio para o inconstante da vida hodierna, a futilidade que querem impor na vida do ser humano.

É essencial que saibamos, pois, reconhecer a vontade de Deus sobre nossa existência. A proposta do texto sagrado e interpretado pelo magistério da Igreja é justamente essa: explicitar a vontade Deus sobre o homem.

O Concílio Ecumênico Vaticano II indica-nos alguns critérios sempre válidos para uma interpretação da Sagrada Escritura conforme o Espírito que a inspirou. Antes de tudo é preciso prestar grande atenção ao conteúdo e à unidade de toda a Escritura, pois, por muito diferentes que sejam os livros que a compõem, a Sagrada Escritura é una em virtude da unidade do desígnio de Deus, do qual Cristo Jesus é o centro e o coração (cf. Lc 24, 25-27; Lc 24, 44-46). É também necessário ler a Escritura no contexto da tradição viva de toda a Igreja. Segundo Orígenes, "a Sagrada Escritura é escrita no coração da Igreja antes do que em instrumentos materiais". De fato, a Igreja leva na sua Tradição a memória viva da Palavra de Deus, e é o Espírito Santo que lhe dá a interpretação da mesma segundo o sentido espiritual (cf. Orígenes, Homiliae in Leviticum, 5, 5). Ainda mais um critério: é necessário prestar atenção à analogia da fé, ou seja, à unidade de cada uma das verdades da fé entre elas e com o plano integral da Revelação e a plenitude da divina economia nele encerrada.

Existe uma unidade inseparável entre Sagrada Escritura e Tradição, porque ambas provêm de uma mesma fonte: A Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura relacionam-se e comunicam-se intimamente entre si; porque, surgindo ambas da mesma fonte, de certo modo se fundem e tendem para o mesmo fim. Com efeito, a Sagrada Escritura contém a Palavra de Deus enquanto consignada por escrito sob a inspiração do Espírito Santo; a Sagrada Tradição, por seu lado, transmite integralmente aos sucessores dos Apóstolos a Palavra de Deus, confiada aos Apóstolos por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo, para que, com a luz do Espírito da Verdade, a guardem, exponham e difundam fielmente na sua pregação, donde se segue que a Igreja não tira somente de um livro a certeza de todas as coisas reveladas. Por isso, se devem receber e venerar ambas com igual afeto de piedade e reverência (cfr. Dei Verbum, 9)
.
Devemos deixar evidente e claro que é no contexto eclesial onde se permite que a Sagrada Escritura seja compreendida como autêntica Palavra de Deus, que se torna guia, norma e regra para a vida da Igreja e o crescimento espiritual dos fiéis batizados.

Convido a todos para que o centro de nossa adesão à Trindade passe pela valorização da “lectio divina”, aqui no Brasil chamada de “leitura orante” da Sagrada Escritura. Devemos, primeiro, ouvi-la. Mas ouvir não basta, é preciso meditar, isto é, assimilar. Encontraremos muitas dificuldades, mas rezem para compreender, como exorta Santo Agostinho (De Doctr. christ. 3, 56; em: PL, 34, 89), porque, procurando o auxílio dos exegetas, guiados pela Igreja Católica, as dificuldades tornar-se-ão estímulo para uma compreensão maior, levando, posteriormente, a uma união mais íntima com a Palavra de Deus.

Ao redor do feriado passado todos os grupos dos círculos bíblicos se reuniram por vicariato para se animarem a continuar buscando nessa fonte o alimento e inspiração para serem discípulos missionários! Que o mês da Bíblia nos ensine a rezar e meditar bem a Palavra Revelada de Deus, e consequentemente, à luz do Espírito Santo, colocá-la em prática!

+ Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ
Fontê: Rádio Vaticano

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