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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

SOMÁLIA: BISPO ADVERTE PARA CRISE POLÍTICA

◊ Mogadíscio, 23 set (RV) - “Se a comunidade internacional abandonasse a liderança e a população somaliana diante das suas próprias responsabilidades poderia se verificar um momento de esclarecimento, não existiriam mais desculpas de interferências estrangeiras e eles seriam obrigados a elaborar uma política séria para sair finalmente da crise”: foi o que disse, de modo muito crítico, o Administrador Apostólico de Mogadíscio e Bispo de Djibuti, Dom Giorgio Bertin, numa entrevista à agência Fides sobre a situação que se criou no país do Chifre da África.

Na terça-feira registrou-se a demissão do Primeiro-ministro Omar Abdirashid, após meses de tensões entre os mais altos cargos do Estado iniciadas em maio, quando o Presidente Ahmed anunciara que designaria um novo primeiro-ministro, depois que o governo de transição nacional não conseguiu o voto de confiança no Parlamento.

Aquele voto, definido por Sharmarke “inconstitucional”, e as demais divergências levaram à deposição do presidente da Câmara. “As ambições pessoais e as rivalidades pelo controle dos recursos doados pela comunidade internacional estão na base da demissão do primeiro-ministro”, advertiu o prelado, segundo o qual, agora, o perigo maior para a Somália está no fundamentalismo islâmico, que poderia se estender aos países vizinhos, e na possibilidade de uma guerra civil entre os vários grupos.

Como observador interno, Dom Bertin delineia os possíveis futuros cenários: uma divisão interna entre os Shabab, e conflitos entre esses e o outro grupo de integralistas, Hezbollah. Enquanto os primeiros parecem ser um movimento inter-clã, os demais estão ligados somente a alguns clãs somalianos. “Poderia também prevalecer o desejo de paz na população – conclui o bispo – que estaria disposta a aceitar certas limitações da liberdade para poder reencontrar a serenidade e um regime capaz de garantir um mínimo de segurança e de ordem”. (SP)

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