Leonardo Meira da Canção Nova, com Rádio Vaticano (tradução de CN Notícias)
Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Arcebispo Dom Rino Fisichella
O encontro "Novos evangelizadores para a Nova Evangelização – A Palavra de Deus cresce e se difunde" acontece no próximo sábado, 15, no Vaticano. A iniciativa do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização acontecerá na Sala Nova do Sínodo, com um amplo espaço de debate entre os responsáveis pelas realidades eclesiais da Nova Evangelização, na parte da manhã.
À tarde, a Sala Paulo VI acolhe os trabalhos, que incluem a conferência de uma série de relatores e a participação do tenor Andrea Bocelli, que dará vida a um concerto, um momento de espiritualidade e de arte que precederá o ingresso do Santo Padre no local, previsto para as 18h30 (hora local – 13h30 no horário de Brasília). No domingo, 16, pela manhã, Bento XVI presidirá a Santa Missa a todos os participantes do encontro, às 9h30 (hora local – 5h30 no horário de Brasília).
A seguir, confira uma entrevista com o presidente do Pontifício Conselho, Arcebispo Dom Rino Fisichella.
Rádio Vaticano – Quais são os objetivos deste encontro?
Dom Rino Fisichella – O primeiro é o de apresentar ao Santo Padre ao menos alguns representantes de todas as realidades eclesiais que promovem a nova evangelização. No entanto, não esqueçamos que é também o mês missionário – outubro – aquele em que vivemos tal evento. O importante é o tema, que foi também confiado a este encontro. É uma expressão dos Atos dos Apóstolos: "A Palavra de Deus cresce e se difunde". Eis que, de fato, visivelmente desejamos apresentar à Igreja os novos evangelizadores, porque, desse modo, faz-se conhecer a Palavra de Deus e aumentam os discípulos do Senhor.
RV – Qual contribuição pode trazer este importante encontro tendo em visto o próximo Sínodo dos Bispos, que tem como tema a Nova Evangelização?
Dom Fisichella – Parece-me uma contribuição muito importante, porque damos aos bispos espalhados pelo mundo, sobretudo àqueles que no próximo outubro de 2012 se encontrarão no Sínodo, o sinal evidente de que a nova evangelização já acontece há muito tempo. A nova evangelização não nasce porque surgiu e foi instituído um novo dicastério na Santa Sé; o Beato João Paulo II, durante 27 anos, "provocou" a Igreja, de todos os modos, a reconhecer a urgência e a necessidade da nova evangelização.
O Papa Bento XVI, com um ato verdadeiramente profético, instituindo este Pontifício Conselho, quis que as diversas realidades – aquelas que já existem e as que nascerão no futuro – possam encontrar um ponto de referência, uma expressão concreta do serviço mesmo do Papa pela Igreja a favor da nova evangelização. Portanto, diria que o Sínodo viverá já de experiências extremamente positivas: pense que milhares dessas são jovens; portanto, há o entusiasmo também de muitíssimos jovens que vivem esta experiência!
RV – Nos “Lineamenta” do próximo Sínodo se diz que "a nova evangelização é uma atitude, um estilo audaz". Nesse contexto, quais serão os âmbitos que explorará este importante encontro?
Dom Fisichella – Há alguns âmbitos que serão explicitados exatamente também a partir do "Instrumentum laboris” que teremos. Certamente, um âmbito importante será aquele da família, porque deve estar obviamente em primeiro lugar. Depois, há o âmbito da liturgia, da ação e do compromisso político, da pastoral unitária na nova evangelização, da cultura – obviamente – e dos meios de comunicação, sem esquecer também o âmbito talvez sempre mais em primeira linha, que é o da imigração. Para a nova evangelização, esse é um elemento que deve se ter em séria consideração, porque nós temos milhões de cristãos em movimento nos diversos países, que levam consigo não somente a riqueza das suas experiências cristãs, mas também encontram-se com os desafios que a Europa de modo particular ou os Estados unidos apresentam na perspectiva da secularização.
RV – Há um vínculo entre este encontro e a "Missão metrópoles", que o seu dicastério promoverá na próxima Quaresma?
Dom Fisichella – São dois sinais. Este de 15 e 16 de outubro, bem como a "Missão metrópoles" na Quaresma de 2012, são dois sinais que fazem referência às etapas que o Pontifício Conselho se propôs a realizar, mas, sobretudo, sinais para o próximo Sínodo e também para a Igreja. Através desses sinais, se quer dar a conhecer, por um lado, a experiência da nova evangelização; por outro, também a provocação a quantos ainda acreditam que ou se deva viver de romantismo, pensando que tudo andava bem, sobretudo no passado, ou se iludem que tudo andará bem no futuro, pela invenção de algumas fórmulas mais ou menos eficazes.
Queremos recordar, com esses sinais, que a evangelização é a missão própria da Igreja, que continua há dois mil anos, que deve encontrar, contudo, uma nova linguagem, ter novos estilos de vida, feitos também de profunda identidade, mas também de respeito; feitos de um profundo sentido de pertencimento à Igreja e à comunidade cristã, mas, ao mesmo tempo, abertos a encontrar a todos como evangelizadores. E também com uma grande dose de entusiasmo e de alegria, que não acabam nunca.
À tarde, a Sala Paulo VI acolhe os trabalhos, que incluem a conferência de uma série de relatores e a participação do tenor Andrea Bocelli, que dará vida a um concerto, um momento de espiritualidade e de arte que precederá o ingresso do Santo Padre no local, previsto para as 18h30 (hora local – 13h30 no horário de Brasília). No domingo, 16, pela manhã, Bento XVI presidirá a Santa Missa a todos os participantes do encontro, às 9h30 (hora local – 5h30 no horário de Brasília).
A seguir, confira uma entrevista com o presidente do Pontifício Conselho, Arcebispo Dom Rino Fisichella.
Rádio Vaticano – Quais são os objetivos deste encontro?
Dom Rino Fisichella – O primeiro é o de apresentar ao Santo Padre ao menos alguns representantes de todas as realidades eclesiais que promovem a nova evangelização. No entanto, não esqueçamos que é também o mês missionário – outubro – aquele em que vivemos tal evento. O importante é o tema, que foi também confiado a este encontro. É uma expressão dos Atos dos Apóstolos: "A Palavra de Deus cresce e se difunde". Eis que, de fato, visivelmente desejamos apresentar à Igreja os novos evangelizadores, porque, desse modo, faz-se conhecer a Palavra de Deus e aumentam os discípulos do Senhor.
RV – Qual contribuição pode trazer este importante encontro tendo em visto o próximo Sínodo dos Bispos, que tem como tema a Nova Evangelização?
Dom Fisichella – Parece-me uma contribuição muito importante, porque damos aos bispos espalhados pelo mundo, sobretudo àqueles que no próximo outubro de 2012 se encontrarão no Sínodo, o sinal evidente de que a nova evangelização já acontece há muito tempo. A nova evangelização não nasce porque surgiu e foi instituído um novo dicastério na Santa Sé; o Beato João Paulo II, durante 27 anos, "provocou" a Igreja, de todos os modos, a reconhecer a urgência e a necessidade da nova evangelização.
O Papa Bento XVI, com um ato verdadeiramente profético, instituindo este Pontifício Conselho, quis que as diversas realidades – aquelas que já existem e as que nascerão no futuro – possam encontrar um ponto de referência, uma expressão concreta do serviço mesmo do Papa pela Igreja a favor da nova evangelização. Portanto, diria que o Sínodo viverá já de experiências extremamente positivas: pense que milhares dessas são jovens; portanto, há o entusiasmo também de muitíssimos jovens que vivem esta experiência!
RV – Nos “Lineamenta” do próximo Sínodo se diz que "a nova evangelização é uma atitude, um estilo audaz". Nesse contexto, quais serão os âmbitos que explorará este importante encontro?
Dom Fisichella – Há alguns âmbitos que serão explicitados exatamente também a partir do "Instrumentum laboris” que teremos. Certamente, um âmbito importante será aquele da família, porque deve estar obviamente em primeiro lugar. Depois, há o âmbito da liturgia, da ação e do compromisso político, da pastoral unitária na nova evangelização, da cultura – obviamente – e dos meios de comunicação, sem esquecer também o âmbito talvez sempre mais em primeira linha, que é o da imigração. Para a nova evangelização, esse é um elemento que deve se ter em séria consideração, porque nós temos milhões de cristãos em movimento nos diversos países, que levam consigo não somente a riqueza das suas experiências cristãs, mas também encontram-se com os desafios que a Europa de modo particular ou os Estados unidos apresentam na perspectiva da secularização.
RV – Há um vínculo entre este encontro e a "Missão metrópoles", que o seu dicastério promoverá na próxima Quaresma?
Dom Fisichella – São dois sinais. Este de 15 e 16 de outubro, bem como a "Missão metrópoles" na Quaresma de 2012, são dois sinais que fazem referência às etapas que o Pontifício Conselho se propôs a realizar, mas, sobretudo, sinais para o próximo Sínodo e também para a Igreja. Através desses sinais, se quer dar a conhecer, por um lado, a experiência da nova evangelização; por outro, também a provocação a quantos ainda acreditam que ou se deva viver de romantismo, pensando que tudo andava bem, sobretudo no passado, ou se iludem que tudo andará bem no futuro, pela invenção de algumas fórmulas mais ou menos eficazes.
Queremos recordar, com esses sinais, que a evangelização é a missão própria da Igreja, que continua há dois mil anos, que deve encontrar, contudo, uma nova linguagem, ter novos estilos de vida, feitos também de profunda identidade, mas também de respeito; feitos de um profundo sentido de pertencimento à Igreja e à comunidade cristã, mas, ao mesmo tempo, abertos a encontrar a todos como evangelizadores. E também com uma grande dose de entusiasmo e de alegria, que não acabam nunca.
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