O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi: ''a pequena comunidade católica continuará a oferecer o seu testemunho'', diz nota
A Sala de Imprensa da Santa Sé emitiu uma nota sobre as relações do país com a Líbia, logo após as notícias que confirmaram a morte do ex-ditador do país africano, Muhammar Kadafi, nesta quinta-feira, 20.
"[A morte] encerra uma longa e trágica fase da luta sanguinária para a queda de um regime duro e opressivo. Esse acontecimento dramático obriga mais uma vez à reflexão sobre o imenso preço do sofrimento humano que acompanha a afirmação e a queda de todo o sistema que não esteja fundado no respeito e na dignidade da pessoa, mas sobre a prevalente afirmação do poder", ressalta a nota.
A nota também revela o desejo de que os novos governantes iniciem o mais rápido possível a necessária obra de pacificação e reconstrução, com espírito de inclusão, na base da justiça e do direito, poupando o povo líbio de ulteriores violências devidas ao espírito de revanchismo ou vingança.
"De sua parte, a pequena comunidade católica continuará a oferecer o seu testemunho e o seu serviço desinteressado em particular no campo caritativo e sanitário, e a Santa Sé se comprometerá em favor do povo líbio com os instrumentos à sua disposição no campo das relações internacionais, no espírito da promoção da justiça e da paz", diz o texto.
Também recorda-se que é prática constante da Santa Sé, ao estabelecer relações diplomáticas, reconhecer os Estados e não os Governos. Da mesma forma, indica-se que houve a oportunidade de diversos contatos com as novas autoridades da Líbia.
"Por ocasião desses diversos encontros, foi sublinhada, de ambas as partes, a importância das relações diplomáticas entre a Santa Sé e a Líbia. A Santa Sé teve a oportunidade de renovar o seu apoio ao povo líbio e o seu sustento à transição. A Santa Sé desejou às novas autoridades pleno sucesso na reconstrução do país. De sua parte, os responsáveis pela nova Líbia comunicaram o apreço pelos apelos humanitários do Santo Padre e pelo compromissão da Igreja na Líbia, sobretudo através do serviço nos hospitais e em outros centros de assistência de 13 comunidades religiosas (6 em Tripolitania e 7 em Cirenaica)", conclui.
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