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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Papa e Santa Sé

PAPA JÁ ESTÁ NO REINO UNIDO: "O CORAÇÃO FALA AO CORAÇÃO"

◊ Edimburgo, 16 set (RV) - Bento XVI já se encontra no Reino Unido, onde chegou no final da manhã de hoje a Edimburgo – Escócia – primeira etapa da sua 17ª viagem apostólica internacional. A visita de quatro dias culminará no domingo, dia 19, com a beatificação do Cardeal John Henry Newman, em Birmingham – Inglaterra.

O Papa viaja a convite da Rainha Elizabeth e das Conferências Episcopais Católicas da Inglaterra-Gales e da Escócia. Hoje o Papa já visitou a Rainha, no Palácio de Holyroodhouse de Edimburgo e presidirá uma celebração eucarística no Parque Bellahouston de Glasgow transferindo-se depois para Londres. Bento XVI terá ainda encontros com representantes do mundo político, cultural e empresarial. Previstas uma celebração ecumênica na Abadia de Westminster , uma missa na Catedral de Westminster,uma Vigília de oração no Hyde Park de Londres, e no domingo a beatificação do Cardeal John Henry Newman, em Birmingham.

O avião do Papa decolou do aeroporto romano de Ciampino às 8h15 locais (3h15 de Brasília), e aterrisou em Edimburgo às 10h30 horário britânico (6h30 de Brasília). O Pontífice está acompanhado do Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone; do Substituto da Secretaria de Estado, Dom Fernando Filoni, e de membros desse departamento.

A comitiva conta ainda com o Arcebispo Kurt Koch, presidente do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos. Além disso, junto com o Papa viajam o mestre de cerimônias pontifícias, Mons. Guido Marini; o médico pessoal de Bento XVI, Patrizio Polisca; o Diretor da Sla de Imprens da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, o organizador das viagens papais, Dr. Alberto Gasbarri; membros da segurança do Vaticano e cerca de 50 jornalistas, fotógrafos e outros profissionais de imprensa.

Esta é a 17ª viagem internacional de Bento XVI, a 11ª a um país europeu. Trata-se da segunda vez que um papa viaja ao Reino Unido. João Paulo II visitou o país em 1982. O Reino Unido tem 4,2 milhões de católicos, numa população de 61 milhões de habitantes.
O tema da viagem é “o coração fala ao coração”.

A cerimônia de boas-vindas nesta manhã não se realizou no Aeroporto internacional de Edimburgo, mas sim no Palácio Real de Holyroodhouse, onde Bento XVI foi recebido pela Rainha Elizabeth e pelo príncipe consorte.

Depois das honras militares e da apresentação de autoridades e dignatários realizou-se um encontro privado entre o Papa e a Rainha na Morning Room, enquanto paralelamente em outra sala do Palácio, o Secretário de Estado, Cardeal Tarcísio Bertone se encontrou com o Vice-primeiro-ministro. Na conclusão do encontro o Papa foi acompanhado aos jardins atrás do Palácio Real, onde se encontravam cerca de 400 hóspedes ilustres, entre os quais representantes políticos, da sociedade civil, das Igrejas anglicana e católica da Inglaterra, além de alguns representantes do Parlamento escocês.

Após o discurso da Rainha Elizabeth, que deu as boas-vindas ao Santo Padre, Bento XVI fez o seu primeiro discurso em terras inglesas.

O Pontífice iniciou suas palavras agradecendo a Rainha pelo amável convite para visitar oficialmente o Reino Unido e pelas amáveis palavras de boas-vindas em nome do povo britânico. “Ao agradecer a Vossa Majestade, eu tenho a possibilidade de estender os meus cumprimentos a todas as pessoas do Reino Unido e estender com amizade a mão a cada um, disse o Papa.

Depois de saudar os membros da Família Real e expressar gratidão ao atual e aos precedentes governos, o Papa agradeceu todos aqueles que trabalharam para tornar possível essa ocasião.

Bento XVI disse ainda que ao começar sua visita ao Reino Unido pela capital histórica da Escócia, saudava, em particular o Primeiro-ministro Salmond e os representantes do Parlamento escocês. Em seguida o Pontífice fez referência ao nome de Holyrood, residência oficial da Rainha, na Escócia, que recorda a “Santa Cruz” e evoca as profundas raízes cristãs que ainda estão presentes em todas as áreas da vida britânica.

Os monarcas da Inglaterra e Escócia foram cristãos desde os primeiros tempos e existem extraordinários santos, como Eduardo, o Confessor e Margarida da Escócia, disse o Papa, acrescentando que muitos deles exerceram conscientemente suas funções de governo, à luz do Evangelho, modelando assim a nação no bem no nível mais profundo. Assim, - disse Bento XVI - resultou que a mensagem cristã tornou-se parte integral da língua, do pensamento e da cultura dos povos dessas ilhas por mais de mil anos. O respeito dos seus antepassados pela verdade e a justiça, pela misericórdia e a caridade - continuou o Pontífice - chegam até vocês de uma fé que continua a ser uma força poderosa para o bem de seu reino, com benefícios para cristãos e não cristãos.

O Santo Padre destacou em seguida os muitos exemplos dessa força para o bem na longa história da Grã-Bretanha. Mesmo em tempos relativamente recentes, através de figuras como William Wilberforce, David Livingstone, a Grã-Bretanha interveio diretamente para acabar com o tráfico internacional de escravos. Inspiradas pela fé, mulheres como Florence Nightingale serviram os pobres e os enfermos e os métodos estabelecidos naquela época na área da saúde foram depois copiados pelo mundo todo.

John Henry Newman, cuja beatificação celebrarei em breve – destacou ainda Bento XVI -, foi um dos muitos cristãos britânicos de sua época, cuja bondade, eloqüência e ação foram uma honra para os seus concidadãos. Todos eles, e outros mais, foram inspirados por uma fé profunda, nascida e crescida nessas ilhas. O Papa dirigiu então seu pensamento para a nossa época.

“Também na nossa época podemos recordar como a Grã-Bretanha e seus líderes se levantaram contra a tirania nazista, que queria eliminar Deus da sociedade e negava a muitos a nossa comum humanidade, especialmente os judeus, que não eram considerados dignos de viver. Desejo também recordar o comportamento do regime em relação aos pastores cristãos e religiosos que proclamaram a verdade no amor; resistiram aos nazistas e pagaram com a vida essa oposição. Enquanto refletimos sobre as advertências do extremismo ateu do século XX , não podemos esquecer como a exclusão de Deus, da religião e da virtude da vida pública, conduz, em última análise, a uma visão parcial do homem e da sociedade e, portanto, uma “visão restrita da pessoa e dos seu destino”(Caritas in Veritate, 29).

Sessenta e cinco anos atrás – recordou o Papa - a Grã-Bretanha teve um papel fundamental na formação do consenso internacional do pós-guerra, que favoreceu a fundação das Nações Unidas e marcou o início de um período de paz e prosperidade na Europa, até aquele momento desconhecido. Nos últimos anos, - continuou Bento XVI - a comunidade internacional acompanhou os eventos na Irlanda do Norte, que levaram à assinatura do Acordo da Sexta-Feira Santa e ao retorno de competências à Assembleia da Irlanda do Norte. Encorajo todos os envolvidos – disse Bento XVI - a continuar a caminhar corajosamente juntos no caminho traçado para uma paz justa e duradoura.

O Papa finalizou falando sobre o Reino Unido atual:

“Hoje o Reino Unido se esforça para ser uma sociedade moderna, multicultural. Nesta tarefa estimulante, possa manter sempre o respeito pelos valores tradicionais e por aquelas expressões culturais que formas mais agressivas de secularismo e não apreciam ou mesmo não toleram. Não deixe apagar o fundamento cristão que está na base das suas liberdades; e possa aquele patrimônio, - continuou o Papa falando á Rainha - que sempre serviu bem a nação, plasmar constantemente o exemplo do Vosso Governo e do Vosso povo face aos dois bilhões de membros do Commonwealth, como também da grande família de nações de língua inglesa em todo o mundo. Que Deus abençoe Vossa Majestade e todos os habitantes do Vosso reino. Obrigado.”

O Papa almoça na residência do Arcebispo de Saint Andrews em Edimburgo e no final da tarde celebra a Santa Missa no Bellahouston Park de Glasgow. Após a Santa Missa o Papa deixa a Escócia e se dirige para Londres onde amanhã de manhã encontrará o mundo católico da educação no St Mary’s University College de Twickenham e em seguida os líderes de outras religiões. (SP)

VIAGEM DO PAPA AO REINO UNIDO: HOMILIA DE BENTO XVI NA SANTA MISSA NA ESCÓCIA

◊ Cidade do Vaticano, 16 set (RV) - O Papa se encontra em visita apostólica no Reino Unido. Esta tarde, Bento XVI presidiu à santa missa no Bellahouston Park, em Glasgow, Escócia. O Pontífice Iniciou sua homilia, saudando os presentes com as seguintes palavras do Evangelho “Está perto de vocês o Reino de Deus” (Lc 10,9).

Em seguida, Bento XVI relembrou a visita de João Paulo II ao país, dizendo: “É com emoção que me dirijo a vocês, perto do local onde o meu amado predecessor, João Paulo II, cerca de 30 anos atrás, celebrou com vocês a santa missa, acolhido pela maior multidão jamais reunida na Escócia. Noto, com grande satisfação – continuou – que a exortação de João Paulo II a vocês, de caminhar de mãos dadas com seus irmãos cristãos, tenha levado a uma maior confiança e amizade entre os membros da Igreja na Escócia, da Igreja Episcopal Escocesa e das outras comunidades cristãs.”

O Santo Padre falou ainda, sobre a evangelização da cultura que, segundo suas palavras, “é muito importante na nossa época, quando a "ditadura do relativismo" ameaça ofuscar a imutável verdade sobre a natureza do homem, seu destino e seu bem último”. “A sociedade moderna necessita de vozes claras – afirmou o Papa – que exponham o nosso direito a viver não em uma selva de liberdades autodestrutivas e arbitrárias, mas em uma sociedade que trabalha pelo verdadeiro bem-estar dos seus cidadãos, oferecendo a eles guia e proteção diante das suas fraquezas e fragilidades.”

Depois, Bento XVI dirigiu uma palavra especial aos bispos da Escócia: “Caros coirmãos – disse o Santo Padre – permitam-me encorajar-vos na responsabilidade pastoral para com os católicos da Escócia. Uma das primeiras tarefas pastorais é para com os vossos sacerdotes e pelas suas santificações. Vivam com plenitude – exortou o Papa – a caridade emanada de Cristo no vosso fraterno ministério para com os vossos sacerdotes, colaborando com todos. Assim como a Eucaristia faz a Igreja, o sacerdócio é central para a vida da Igreja.”

O Santo Padre encerrou sua homilia, dizendo: “Caros amigos, expresso, mais uma vez, minha alegria em celebrar esta missa com vocês. É com prazer que vos asseguro minhas orações na língua antiga de seu país. Que a paz e a bênção de Deus estejam com todos vocês, que Deus proteja e bendiga o povo da Escócia.” (ED)

NOTA DO DIRETOR DA SALA DE IMPRENSA DA SANTA SÉ SOBRE ENTREVISTA DO CARDEAL KASPER

◊ Cidade do Vaticano, 16 set (RV) - O presidente emérito do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Walter Kasper, concedeu nesta quarta-feira, uma entrevista à revista alemã "Focus" na qual disse que a Grã-Bretanha se parece com uma nação de terceiro mundo.

Segundo o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, o pronunciamento do Cardeal Kasper não "tem nenhuma intenção negativa ou de menosprezo pelo Reino Unido".

Pe. Lombardi ressalta, numa nota, que o Cardeal Kasper se referia ao fato que "desde a chegada ao aeroporto de Londres – como acontece em tantas grandes metrópoles do mundo de hoje, mas, sobretudo em Londres pelo papel único desempenhando no tempo de capital do Reino Unido – percebe-se que se está num país onde se encontram várias realidades humanas das mais diversas proveniências e condições. Uma realidade cosmopolita, com suas diversidades e seus problemas".

Na entrevista, o Cardeal Kasper também falou sobre o agressivo novo ateísmo dessa nação europeia, definindo-a secular e pluralista.

"Os comentários do Cardeal Kasper não representam a visão do Vaticano, nem a dos bispos do país. Claramente, são opiniões pessoais. A visita do Papa marca uma evolução histórica do bom relacionamento entre o Reino Unido e a Santa Sé" – conclui Pe. Lombardi. (MJ)

VIAGEM AO REINO UNIDO: PAPA ENVIA TELEGRAMA A CHEFES DE GOVERNO

◊ Cidade do Vaticano, 16 set (RV) - Teve início, nesta quinta-feira, a visita apostólica de Bento XVI ao Reino Unido em vista da beatificação do Cardeal John Henry Newman. Trata-se da 17ª viagem internacional do Santo Padre.

Esta manhã, o Papa enviou um telegrama aos chefes de Estado dos países que sobrevoou durante sua ida ao Reino Unido: Itália e França.

Ao presidente italiano, Giorgio Napolitano, Bento XVI enviou suas cordiais saudações e ressaltou que estava se preparando para o encontro com a Rainha Elizabeth II e demais autoridades. O Papa ressaltou que durante a visita apostólica se encontrará também com a comunidade católica do Reino Unido, com os representantes de outras comunidades religiosas, sobretudo a anglicana, com os expoentes da sociedade civil e todas as pessoas daquele nobre país. "Invoco a bênção de Deus sobre toda a nação italiana, em particular sobre os responsáveis do Governo, chamados a servir o bem comum" – sublinhou o Papa.

Ao sobrevoar o território francês, Bento XVI saudou cordialmente o presidente, Nicolas Sarkozy, e o povo francês. (MJ)

REINO UNIDO: FUNDAÇÃO JOÃO PAULO II

◊ Londres, 16 set (RV) - A agenda da viagem papal ao Reino Unido inclui o lançamento da Fundação João Paulo II para o Esporte, uma entidade católica que busca promover os valores esportivos em honra do falecido Pontífice.

A Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales anunciou hoje que o Santo Padre lançará o legado esportivo em honra de João Paulo II na Universidade St. Mary's College, em Twickenham diante de 32 destacadas crianças esportistas provenientes de escolas britânicas.

O lançamento terá lugar durante uma assembleia escolar que será transmitida ao vivo para mais de 800 mil estudantes em toda a Inglaterra, Escócia e Gales.

“Faltando menos de dois anos para os Jogos Olímpicos de Londres, temos um momento único de oportunidades e um processo no qual as aspirações dos jovens, o significado do costume e a rotina em suas vidas, e todo o conceito de excelência pode começar de novo”, explicou o Arcebispo de Westminster, Dom Vincent Nichols, sobre a criação da fundação João Paulo II.

“A Fundação João Paulo II para o Esporte é uma iniciativa na qual estamos particularmente interessados porque utiliza o esporte para tratar de difundir entre jovens e adultos de igual forma a importância da saúde, a dignidade de nossos corpos, o cuidado do bem-estar físico e seu significado espiritual”, explicou.

Os organizadores da Fundação João Paulo II afirmam que seu propósito é levar aos jovens a espiritualidade católica na transmissão das virtudes, a aptidão e a liderança. Existe uma iniciativa similar que foi feita em Roma em 2008. (SP)

Igreja no Brasil

ELEIÇÕES: CNBB PREPARA ÚLTIMOS DETALHES DO DEBATE COM OS CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

◊ Brasília, 16 set (RV) - A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se prepara para o debate que está promovendo – junto a outras instituições – com os candidatos à presidência da República. Nesta terça-feira, houve a última reunião para acertar os detalhes finais.

O evento é promovido pela Universidade Católica de Brasília (UCB), pela Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), pela Associação Nacional de Educação Católica (ANEC) e pela Associação Brasileira de Universidades Comunitárias (ABRUC), com o apoio da CNBB.

Participaram dessa última reunião os representantes das candidaturas de Marina Silva (PV), José Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Plínio Sampaio (PSol), candidatos à presidência cujos partidos têm representação na Câmara dos Deputados.

De acordo com o secretário-executivo da Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), Daniel Seidel, o debate irá priorizar os problemas sociais que afetam diretamente a população brasileira.

Seidel explicou que a intenção é “proporcionar aos cristãos e à sociedade em geral um debate que reflita sobre a situação do país e sobre quais são as propostas dos candidatos para enfrentar os grandes problemas, que incluem desenvolvimento urbano, moradia, reforma agrária, família e desenvolvimento humano. Os temas ligados à defesa da vida estarão inseridos nesse debate também”.

O debate está marcado para o dia 23 de setembro, das 21h30 às 23h30, na Universidade Católica de Brasília. Além das TVs e rádios de inspiração católica, os sites da Universidade Católica de Brasília e das entidades promotoras transmitirão o debate ao vivo. (CNBB/ED)

Igreja na América Latina

BISPO PERUANO: PRECISAMOS DE AUTORIDADES HONESTAS

◊ Lima, 16 set (RV) - Em vista das próximas eleições estaduais e municipais no Peru de 3 de outubro próximo, o Vigário Apostólico de San José del Amazonas, Dom Alberto Campos Hernández, OFM, pediu a todos os candidatos para que conheçam as reais necessidades do povo peruano.

"Precisamos de políticos que estejam próximos e solidários com o povo, que respondam às suas necessidades e expectativas" – frisou o prelado.

Dom Hernández fez esse apelo numa carta pastoral dirigida a todos os fiéis de sua circunscrição eclesiástica. Em sua exortação, o bispo pediu honestidade e transparência a todos os candidatos e frisou que "precisamos de autoridades honestas que não permitam a corrupção". Do mesmo modo, pediu também que façam propostas claras e reais nos diversos setores da administração pública, de modo que depois não permaneçam somente promessas de campanha eleitoral, mas persista o forte desejo de realizar aquilo que se promete.

"À luz dessas diretrizes, convido os eleitores a votarem de modo responsável, livremente e conscientemente, cientes da realidade em que vivemos na Amazônia, das propostas dos candidatos, de sua ética e da qualidade de vida dos membros de seus partidos, de sua capacidade de responder às necessidades e, portanto, de realizar um progresso integral considerando não somente o progresso econômico, mas o desenvolvimento integral", concluiu Dom Hernández. (MJ)

Igreja no Mundo

NOVO APELO DOS BISPOS AFRICANOS CONTRA A POBREZA

◊ Cidade do Vaticano, 16 set (RV) – Por ocasião de sua visita a Roma, o bispo de Chimoio, Moçambique, Dom Francisco João Silota, vice-presidente do Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagáscar (Secam) renovou seu apelo a fim de que seja acelerado o processo de erradicação da pobreza no continente africano.

Embora reconhecendo o muito que já foi feito nesse sentido, em algumas regiões do Continente Negro, Dom Silota sublinhou que "é preciso trabalhar com afinco e concretamente para a realização dos Objetivos do Milênio".

"Não obstante o caminho empreendido pela Igreja na África e pelo Ocidente, procede-se a ritmo demasiadamente lento, e a pobreza ainda não foi eliminada de nosso território" – observou o prelado.

Chefiando uma delegação de bispos africanos, Dom Silota encontrou-se com o ministro da Fazenda italiano, Giulio Tremonti, com o secretário da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Dom Mariano Crociata, e com alguns representantes de associações católicas, para estudar ações concretas, voltadas a uma melhora real das condições de vida dos povos africanos.

O ponto central de tais ações deve ser a luta contra a pobreza e a fome, mas para ajudar efetivamente essas populações, é necessário investir numa formação de qualidade para as novas gerações. E é exatamente por isso, que o vice-presidente do Secam pretende instaurar um diálogo contínuo com as instituições européias. (AF)

Atualidades

MICHELLE BACHELET CHEFIA NOVO ÓRGÃO DA ONU DEDICADO ÀS MULHERES

◊ Nova York, 16 set (RV) - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, anunciou, nesta terça-feira, em Nova York, a nomeação da ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, para a chefia do novo órgão das Nações Unidas: ONU-Mulheres.

De acordo com a Rádio ONU, Ban Ki-moon disse que Michelle Bachelet trará para o cargo muita experiência, liderança global e estatura internacional. A nova entidade é especializada em analisar as questões específicas das mulheres e tem como objetivo responder às necessidades de milhões de mulheres e de meninas em todo o mundo.

ONU-Mulheres é uma fusão de quatro agências e fundos das Nações Unidas especializados no gênero feminino, incluindo o Unifem, que é o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher. O novo organismo foi aprovado em julho passado pela Assembleia Geral das Nações Unidas.

ONU-Mulheres parte com um orçamento de US$ 500 milhões, o equivalente a R$ 850 milhões. (ED)

CONFERÊNCIA ISLÂMICA PEDE CONDENAÇÃO DAS CAMPANHAS XENÓFOBAS E DA INTOLERÂNCIA

◊ Genebra, 16 set (RV) - A Organização da Conferência Islâmica (OCI) pediu nesta quinta-feira à comunidade internacional que "condene firmemente as campanhas xenófobas e as medidas discriminatórias contra qualquer religião", e se declarou preocupada com os casos de intolerância.

Ao fazer uso da palavra perante o Conselho dos Direitos Humanos, reunido em Genebra, o secretário-geral da OCI – que agrupa 57 países muçulmanos – Ekmeledin Ihsanoglu, referiu-se à "proibição dos minaretes, à organização de eventos que pretendem incitar ao ódio (como a queima de exemplares do Alcorão) e outras medidas discriminatórias".

E pediu ao Alto Comissariado de Direitos Humanos que crie um observatório com o objetivo de "documentar tais atos que levam à incitação do ódio religioso, à hostilidade e à violência no mundo". (AF)

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