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sábado, 18 de dezembro de 2010

Papa e Santa Sé


PAPA: "MARIA SINAL DE CONSOLAÇÃO E SEGURA ESPERANÇA"

◊ Roma, 18 dez (RV) – Realizou-se no final da tarde de quinta-feira, em Roma a XV sessão pública das Pontifícias Academias, sobre o tema “A Assunção de Maria, sinal de consolação e de segura esperança” por ocasião dos 60 anos da Proclamação do Dogma mariano, pelo Papa Pio XII.

O Papa Bento XVI, em uma mensagem enviada ao cardeal Gianfranco Ravasi, Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura e do Conselho de Coordenação entre as Pontifícias Academias, convidou todos a deixarem-se guiar por Maria “para serem anunciadores e testemunhas da esperança que brota da contemplação dos Mistérios de Cristo, que morreu e ressuscitou para nossa salvação”.

“Maria, de fato, como ensina o Concílio Vaticano II na Constituição Dogmática Lumen gentium, é um sinal de esperança segura e de consolação para o Povo de Deus peregrino na história”. “Maria – acrescentou o Papa - é a estrela brilhante de luz e beleza, que anuncia e antecipa o nosso futuro, a condição definitiva à qual Deus, Pai rico de misericórdia, nos chama. Os Pais e Doutores da Igreja - destacou ainda o Santo Padre -, fazendo-se eco do sentimento comum dos fiéis e refletindo sobre o que a liturgia celebrava, proclamaram o privilégio único de Maria, ilustraram a sua beleza radiante, que sustenta e alimenta nossa esperança”. (SP)


PAPA VISITA BIBLIOTECA APOSTÓLICA

◊ Cidade do Vaticano, 18 dez (RV) - O Papa Bento XVI visitou no final da manhã de hoje, sábado, a Biblioteca do Vaticano, restituída no último dia 20 de setembro aos estudiosos de todo o mundo após três anos de restauração e reestruturação. Bento XVI já havia visitado a Biblioteca em 25 de junho de 2007 e agora voltou para constatar pessoalmente a nova face da Biblioteca dos Papas.

Na carta endereçada ao Arquivista e Bibliotecário da Santa Romana Igreja, Cardeal Raffaele Farina, em 9 de novembro, o Pontífice recordou que a Biblioteca é parte integrante dos instrumentos necessários para o desempenho do Ministério petrino, um valioso instrumento ao qual o Bispo de Roma não pode e não pretende renunciar. (SP)


ILUMINADA A ÁRVORE DE NATAL NA PRAÇA SÃO PEDRO

◊ Cidade do Vaticano 18 dez (RV) – O Papa Bento XVI recebeu na manhã de ontem, sexta-feira uma delegação da localidade de Luson, Província de Bolzano, região italiana do Alto Adige, que este ano presenteou a árvore de Natal que se encontra ao lado do presépio na Praça São Pedro no Vaticano, que está sendo montado, e cujas luzes foram acesas na tarde de ontem.

As luzes foram acesas durante uma cerimônia presidida pelo Presidente do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, Cardeal Giovanni Lajolo: a árvore é um abeto vermelho de 34 metros de altura e 93 anos de idade. Acompanharam a árvore outros 50 abetos da mesma região que foram colocados em diversos lugares do Vaticano.

No discurso que fez ontem de manhã às autoridades civis e religiosas da região de Bolzano, Bento XVI, agradeceu o presente, e observou que serão muitos os peregrinos e turistas provenientes de todo o mundo que terão ocasião de contemplar esta árvore intensamente iluminada, como “significativo símbolo da luz que Cristo, com o seu nascimento, trouxe à humanidade”. “Ter fé n’Ele significa acolher em si próprio a luz que é Cristo Jesus”.

“A árvore de Natal enriquece o valor simbólico do presépio, - disse o Papa - que é uma mensagem de fraternidade e de amizade; um convite à unidade e à paz; um convite a dar lugar, na nossa vida e na sociedade, a Deus, o qual nos oferece o seu amor onipotente através da frágil figura de um Menino, porque quer que ao seu amor nós respondamos com o nosso amor”.

“O presépio e a árvore de Natal transmitem, portanto, - disse Bento XVI -, uma mensagem de esperança e de amor, e ajudam a criar o clima propício para viver na justa dimensão espiritual e religiosa, o mistério do Nascimento do Redentor”.

O Santo Padre concluiu suas palavras fazendo um sentido agradecimento ao prefeito de Naz-Sciaves pelo fato de querer conferir-lhe a cidadania honorária em recordação à sua avó materna que era natural da localidade Rasa, distrito daquele município. (SP)


PAPA: O AUTÊNTICO PROGRESSO NÃO PODE SER ALCANÇADO MARGINALIZANDO O FATOR RELIGIOSO"

◊ Cidade do Vaticano 18 dez (RV) - O Papa Bento XVI recebeu ontem no Vaticano, o novo Embaixador da Itália junto da Santa Sé, Francesco Maria Greco, que apresentou as suas Cartas Credenciais. O Santo Padre recordou no seu discurso que “o autêntico progresso social não pode ser alcançado marginalizando ou recusando o fator religioso”.

Afirmando que acompanha “de perto, com a oração, as vicissitudes felizes ou tristes” do país, o Papa recordou as celebrações, em andamento, dos 150 anos da unidade de Itália, “ocasião – disse o Santo Padre - para uma reflexão não só de tipo comemorativo, mas também em perspectiva de futuro, reflexão oportuna na atual difícil fase histórica, nacional e internacional”.

Bento XVI fez notar que neste “caminho longo, árduo e cheio de contrastes, que conduziu à atual fisionomia do Estado italiano”, sobressai a busca de “uma correta distinção” entre a comunidade civil e religiosa, assim como das “justas formas de colaboração” entre si. Exigência sentida por maior razão num país “cuja história e cultura estão profundamente marcadas pela Igreja católica e em cuja capital tem a sua sede episcopal o Chefe visível de tal Comunidade, difundida em todo o mundo”. “Não se pode negar, esquecer ou marginalizar essas características, que há séculos fazem parte do patrimônio historico e cultural da Itália.

A experiência destes 150 anos ensina que o quanto se procurou fazer, causaram perigosos desequilíbrios e dolorosas fraturas na vida social do país. Daqui a importância, recordada pelo Papa, do Pacto de Latrão (1929) e de um mais recente Acordo com algumas atualizações.

“Estes pactos internacionais não exprimem uma vontade da Igreja ou da Santa Sé de obter poder, privilégios ou posições de vantagem econômica e social, nem se pretende com isso sair do âmbito que é próprio da missão estabelecida pelo Divino Fundador à sua comunidade na terra. Pelo contrário, tais acordos têm o seu fundamento na justa vontade da parte do Estado de garantir aos indivíduos e à Igreja o pleno exercício da liberdade religiosa”.

Para além de ser um direito individual – precisou Bento XVI – a liberdade religiosa é também um direito da família, dos grupos religiosos e da Igreja, e “o Estado é chamado a tutelar não só os direitos à liberdade de consciência e de religião, daqueles que crêem, mas também o legítimo papel da religião e das comunidades religiosas na esfera pública”.

“Não se pode pensar conseguir o autêntico progresso social, - destacou ainda o Papa - percorrendo o caminho da marginalização ou até mesmo da recusa explícita do fator religioso, como se pretende fazer atualmente de vários modos, entre as quais, por exemplo, a tentativa de eliminar dos lugares públicos a presença visível dos símbolos religiosos, começando pelo crucifixo, que é sem dúvida o emblema por excelência da fé cristã, mas que, ao mesmo tempo, fala a todos os homens de boa vontade e, como tal, não é um fator de discriminação”.

A propósito deste exemplo concreto, Bento XVI exprimiu ao governo italiano o seu apreço pela posição assumida, “em conformidade com uma correta visão da laicidade e à luz da sua história, cultura e tradição”. O Papa elogiou ainda a sociedade italiana e as autoridades de Roma, pela “sensibilidade” que vêm demonstrando em relação à “sorte daquelas minorias cristãs que, em razão da sua fé, são vítimas de violências, são discriminadas ou obrigadas à emigração forçada da sua pátria. (SP)


Igreja no Mundo

JMJ PODE SER UM PRESENTE DE NATAL

◊ Madri, 18 dez (RV) - Os organizadores da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) lançaram a Campanha de Natal “Um presente para toda a vida”, através da qual busca que pais e avós dêem de presente inscrições para a JMJ a seus filhos e netos nestas festas.

Através desta campanha também se poderá fazer um presente duplo, pois os que se inscreverem também “poderão colaborar com um Fundo de Solidariedade que permite a participação de jovens sem recursos de países mais pobres”, explicaram os organizadores em uma nota à imprensa.

Importantes personalidades espanholas participam desinteressadamente da promoção da campanha de Natal, como o treinador da seleção de futebol espanhola, Vicente del Bosque.

O selecionador da equipe campeã do mundo, em sua participação, ressalta que “no esporte, como em tudo na vida, é preciso ter valores sólidos e ser conseqüentes”.

A campanha sem fins de lucro será difundida através de diversos meios de comunicação dentro e fora da Espanha, assim como na Internet e nas redes sociais.

Os preços da inscrição de presente variam segundo a modalidade escolhida, de 45 euros só pelo fim de semana, até 210 euros, que incluem alojamento, comida e inscrição para toda a semana. (SP)


Formação

EDITORIAL: O GRITO DOS PERSEGUIDOS

◊ Cidade do Vaticano, 18 dez (RV) - “No início de um Ano Novo, desejo fazer chegar a todos e a cada um os meus votos: votos de serenidade e prosperidade, mas sobretudo, votos de paz. Infelizmente também o ano que encerra as portas esteve marcado pela perseguição, pela discriminação, por terríveis atos de violência e de intolerância religiosa.
Penso, em particular, na amada terra do Iraque, que, no seu caminho para a desejada estabilidade e reconciliação, continua a ser cenário de violências e atentados”.
Assim começa a Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz 2011, dedicada ao tema da liberdade religiosa, e apresentada na última quinta-feira, dia 16 de dezembro, no Vaticano. O 44ª Dia Mundial da Paz, será celebrado no próximo dia 1º de Janeiro.
A Mensagem do Papa foi lançada em um contexto de episódios recorrentes de negação do direito universal à liberdade religiosa, situações que obscurecem a verdade da pessoa humana, desprezam a dignidade das pessoas, comprometem o respeito pelos outros e ameaçam, definitivamente, a paz do mundo, destacou o Cardeal Turkson na apresentação do texto.
Há muitas áreas do mundo em que persistem formas de limitação à liberdade religiosa, seja onde as comunidades de fiéis são uma minoria, seja onde essas comunidades não o são. Nesse sentido, devemos chamar a atenção para formas mais sofisticadas de discriminação e marginalização, seja no plano cultural seja na participação da vida pública e política.
No mundo se registram diversas formas de limitação ou negação da liberdade religiosa, de discriminação e marginalização baseadas na religião. Estes fenômenos levam à “perseguição e à violência contra as minorias religiosas”. O tema da perseguição religiosa já fora evidenciado por Bento XVI no seu discurso à Assembleia-geral das Nações Unidas, em abril de 2008, quando o Papa afirmou que “os direitos humanos devem incluir o direito de liberdade religiosa, compreendido como expressão de uma dimensão que é ao mesmo tempo individual e comunitária, uma visão que manifesta a unidade da pessoa, mesmo distinguindo claramente entre a dimensão de cidadão e a de fiel”.
É inconcebível que aquele que crê tenha de suprimir uma parte de si mesmo - a sua fé - para ser um cidadão ativo. Jamais deveria ser necessário renegar Deus para poder gozar dos próprios direitos. O ser humano não pode ser fragmentado, por causa daquilo em que acredita, porque aquilo tem impacto sobre a sua vida e a sua pessoa.
Em sua mensagem para o Dia Mundial da Paz 2011, o Papa chama a atenção para a situação dos cristãos em algumas partes do mundo, bem como para as “hostilidades encobertas” nas sociedades ocidentais. E volta a reafirmar que: “a violência não se vence com a violência”. “O nosso grito de dor seja sempre acompanhado pela fé, pela esperança e pelo testemunho do amor de Deus”.
O grito daqueles que são perseguidos por causa de sua fé ressoa nas palavras do Santo Padre, e fazemos votos de que essa dor em forma de grito seja ouvida e entendida por todos os homens de boa vontade. (SP)

© Rádio Vaticano 2010

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