Ano X - 2007/2016 - 10 ANOS NO AR - BLOG DO IVSON - "A IGREJA CATÓLICA EM NOTÍCIAS" - EDITADO POR IVSON DE MORAES ALEXANDRE - VOLTA REDONDA - RIO DE JANEIRO - BRASIL
Seja bem-vindo. Hoje é

domingo, 5 de agosto de 2012

Angelus: “Jesus verdadeiro pão da vida que sacia nossa fome de verdade”


RealAudioMP3

Castel Gandolfo (RV) – O domingo foi marcado pela oração Mariana do Angelus na pequena cidade de Castel Gandolfo, onde está a residência apostólica de verão. Milhares de pessoas foram até o pátio da residência para acompanhar as palavras de Bento XVI, que continuou a leitura do sexto capítulo do Evangelho de São João.

“Estamos na sinagoga de Cafarnaum onde Jesus está fazendo seu notável discurso depois da multiplicação dos pães. As pessoas tinham tentado fazê-lo rei, mas Jesus tinha se retirado, primeiro foi ao monte e depois a Cafarnaum. Sem vê-lo, as pessoas começaram a procurá-lo, pegaram um barco para chegar a outra margem do lago e finalmente encontram Jesus. Mas Ele sabia bem o porquê de tanto entusiasmo em procurá-lo e disse à gente com clareza: ‘vocês me procuram não porque tenham visto algum sinal, mas porquê vocês comeram aqueles pães e ficaram saciados’.

Em seguida, Bento XVI lembra que Jesus é o verdadeiro “pão da vida”: “’O que devemos fazer para cumprir a obra de Deus’, pergunta a multidão, pronta a agir, para que o milagre do pão continue. Mas Jesus, verdadeiro pão da vida que sacia a nossa fome de sentidos, de verdade, não se pode ‘ganhar’ com o trabalho humano; vem até nós somente como dom do amor de Deus, como obra de Deus a ser pedida e acolhida”.

No final, Bento XVI concedeu sua bênção apostólica.

 Reflexão para o XVIII Domingo do Tempo Comum


RealAudioMP3 Cidade do Vaticano (RV) - Quando, no deserto, o povo judeu começou a sentir fome e sede, pôs-se a lamentar-se, lembrando o passado recente, no Egito, quando, apesar da escravidão, estava sempre bem alimentado com muito pão e muita panela cheia de carne.


Deus os ouviu e como Pai providente, saciou-os com maná e codornas. Afinal fora Ele quem providenciara a libertação do senhorio egípcio, do mesmo modo que havia, séculos atrás, providenciado a ida e a ascensão de José, filho de Jacó, ao posto de vice-rei daquela terra dos faraós.


Agora, ao ouvir este novo clamor de seu querido povo, o Senhor fez coincidir as migrações daqueles pássaros com a fome dos judeus, como também fez coincidir o gotejamento de um arbusto típico do deserto sinaítico com a passagem do mesmo povo. Portanto, as aves e os pingos açucarados, ou seja, o maná, atividade normal da natureza naquele período, foram vistos e acolhidos pelos judeus como milagre.


Deus não respondeu ao povo com recriminações e castigos, mas ao contrário, dando alimento em abundância.


Por outro lado, Deus, como pedagogo, trabalhou o ponto frágil do povo que era a confiança em Sua Providência. Os israelitas deviam, a cada dia, esperar o alimento das mãos de Deus. As aves deveriam ser abatidas; não era possível criá-las e o maná, por sua vez, não podia ser armazenado, pois se estragava. A cada dia dispunha de alimento físico e também espiritual, isto é alimentar-se de fé na Providência.


No Evangelho, Jesus proporcionou ao povo alimento em abundância. Apenas viu frustrado seu objetivo, quando alimentou o povo com peixes e pão. O Senhor desejava, com esse sinal, mostrar o valor da partilha de todos os bens, isto é, alimentá-los com o dom de serem generosos, de partilharem seus bens, mas o povo queria apenas o alimento perecível.


Jesus, então, alertou o povo dizendo: “Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará.” O Senhor sabe que os alimentos comuns - comida, viagens, estudos - nada nos satisfaz, mas apenas Sua Palavra, que é Palavra de Vida. “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim, não terá mais fome; e quem crê em mim nunca mais terá sede.”


A segunda leitura se refere à nossa inconstância, apesar do compromisso radical feito no Batismo. Deveremos diariamente, possibilitar o crescimento do homem novo, renovando nossa fé em Jesus, buscando o alimento que não perece, confiando sempre em sua Providência.


Se algo nos falta ou aos nossos irmãos, saibamos que de há muito Deus providenciou, mas alguém o subtraiu, não partilhando. A carência material de alguns denuncia a pobreza espiritual de outros.

(CAS)

Nenhum comentário: